Bissau, 15 Out 20 (ANG) – O Reino Unido aplicou hoje sanções a sete autoridades russas, incluindo o chefe dos serviços de informação e o empresário Evguény Prigojine, pelo seu alegado papel no envenenamento do político Alexei Navalny e envolvimento no conflito na Líbia.
Seis funcionários, incluindo o director dos Serviços de Segurança da Rússia (FSB), Alexander Bortnikov, e um dos funcionários da administração presidencial, Sergei Kirienko, foram punidos pela sua associação ao envenenamento de Alexei Navalny, que adoeceu a 20 de Agosto a bordo do um avião na Sibéria e que está actualmente em recuperação na Alemanha.
A mensagem do ministro britânico surge após o Conselho da União Europeia (UE) anunciar hoje ter adoptado sanções contra seis indivíduos e uma entidade envolvidos na « tentativa de assassínio » do opositor russo Alexei Navalny com um agente neurotóxico.
« O Reino Unido e os seus parceiros estão convencidos de que não há outra explicação plausível para o envenenamento de Navalny que não seja o envolvimento e responsabilidade da Rússia », explicou a diplomacia britânica, em comunicado.
As autoridades britânicas também sancionaram, assim como a União Europeia (UE), o empresário Evguéni Prigojine, considerado « responsável por uma significativa quantidade de mercenários estrangeiros na Líbia e por múltiplas violações do embargo de armas da ONU àquele país ».
Próximo do Presidente russo, o empresário – que ganhou o cognome de « chef de Putin » porque a sua empresa de ‘catering’ trabalhava para q presidência russa (Kremlin) – é suspeito de estar ligado a uma « fábrica de ‘trolls' » (uma empresa que executa campanhas de desinformação na internet) que os EUA acusam de interferir nas eleições.
O principal opositor russo, Alexei Navalny, foi envenenado a 22 de Agosto em Omsk, na Sibéria, numa deslocação no âmbito da campanha eleitoral.
Após ficar em coma num hospital da região, Navalny foi transferido para o hospital Charité, em Berlim, onde foi detectado um agente tóxico do grupo Novichok no seu sangue e urina.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas também confirmou o uso da mesma substância para envenenar Navalny, referindo que o Novichok foi projectado por especialistas soviéticos para fins militares.