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História nacional /Investigador Permanente do INEP diz que é difícil narrar a história da Guiné-Bissau sem se referir ao PAIGC


  2 Mars      65        Politique (25426),

 

Bissau, 02 Mar 23 (ANG) – O Historiador, Antropólogo e  Investigador Permanente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), disse que  é difícil narrar a história da Guiné-Bissau sem se referir ao  movimento libertador  que é o Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre a extinção de alguns feriados, dentre os quais o  Dia dos Mártires de Pindjiguiti(03 de Agosto), João Paulo Pinto Có destacou que falar da Guiné-Bissau enquanto Estado é indissociável a luta armada empreendido pelo PAIGC ,no que tange ao trabalho feito para libertar o país do colonialismo português.

No que tem a ver com as extinções e o anulamento de algumas datas históricas que marcam o país por parte do actual regime político, aquele responsável defendeu que qualquer Povo do mundo tem as suas histórias marcantes, frisando não vê qual é a necessidade da mesma história e feriados com simbologia de grande tamanho para a luta de povo guineense, serem extinguidas, por uma decisão política.

“Esse comportamento é enquadrado como uma tentativa de distorcer a história do país mas as respectivas datas vão permanecer porque marcaram fatos históricos e as lutas que levaram a existência das respectivas datas são fatos sociológicos”, disse o investigador permanente do INEP.

Para Pinto Có, quando as datas marcadas como feriados ou seja o dia de reflexão para qualquer povo é extinguido, e que “não respeita os preceitos legais, algo não está a andar bem, e viola as normas legais do país”.

“Apesar destas tentativas não terem valor jurídico, mas de ponto de vista de história considero-lhe de uma humilhação gratuita à todos os Combatentes da Liberdade da Pátria.Portanto essa tentativa merece uma atenção especial por parte dos educadores, professores de história, de geografia e assim como de todos os patriotas guineenses”, disse João Paulo Pinto Có.

Sob proposta do governo e em decreto presidencial foram, recentemente, extinguidas muitas datas que eram celebradas com  feriados nacionais.

O 03 de Agosto de 1959, dia de massacre de 50 marinheiros do Cais de Pindjiguiti, que reclamavam aumentos salariais, em Bissau, o 23 de Janeiro de 1963, data de início de luta armada  e dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria, 08 de Março, dia internacional das mulheres são algumas das datas abolidas da lista de feriados nacionais.

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