Nova Sintra, 03 Abr (Inforpress) – O inspector-geral da Educação, Julião Barros, garantiu hoje, que o Ministério da Educação está a dar passos para “melhorar” a situação das redes de comunicação nas escolas.
Esta informação foi dada à Inforpress, após uma conversa com os docentes da “Ilha das Flores”, sobre o perfil do professor no século XXI e o empoderamento do professor face aos desafios actuais.
Segundo Julião Barros, o objectivo desta conversa foi sobretudo fazer com que os professores se inteirassem das suas publicações nas redes sociais, os deveres e compreenderem qual a dimensão da função do docente.
Pois, de acordo com o mesmo, existe algum “défice” de análise e as pessoas não interpretam a fundo a verdadeira dimensão do perfil do professor, que “fica só pelo leccionar, sem a questão da dimensão da planificação, auto-formação, auto-regulação, que normalmente ficam em segundo plano”, o que prejudica a actividade docente no seu todo.
Ao falar das funções do professor, apontou a capacidade de comunicar, tendo de ser capaz de identificar o assunto, criar ambiente propício para a comunicação e favorecer a participação dos alunos, uma linguagem adaptada para cada situação de comunicação, assim como, aplicar as novas tecnologias de comunicação e informação.
No quesito das novas tecnologias, os docentes questionaram como vão utilizá-las ou aplicá-las se nem todas as escolas da ilha possuem um computador.
Daí, o inspector adiantou que quando se fala da falta de equipamentos, há que ver também uma outra parte desta carência, que são as próprias infra-estruturas, visto que Cabo Verde é um país disperso, com várias zonas cuja cobertura mesmo em termos de rede de comunicação ou até de rede eléctrica e em outros suportes de comunicação não estão acessíveis a todos.