Cidade da Praia, 23 Ago (Inforpress) – Cento e oitenta jovens, com níveis de escolaridade entre o oitavo e o décimo primeiro anos, no Porto Novo, Santo Antão, excluídos, actualmente, do sistema de ensino público formal, desejam prosseguir os estudos, apesar das “dificuldades financeiras”.
Esta é a conclusão de um inquerido, feito em Agosto, pela escola secundária privada Progresso, na cidade do Porto Novo, que já submeteu à Direcção Nacional da Educação (DNE) um projecto educativo para demanda deste público que não se enquadra no perfil público do ensino e sem “condições financeiras para a auto-sustentabilidade dos estudos ou de uma formação profissional”.
Elísio Rocha, director da escola Progresso, fundada em 2002, disse ter apresentado à DNE uma proposta de alteração dos estatutos deste estabelecimento, que permita-o transformar-se numa “instituição social do ramo do ensino secundário e profissional”, com vista à “inserção e inclusão” desses jovens, que não se enquadram no perfil público do ensino formal, “evitando assim os efeitos sociais menos positivos”.
O inquérito abrangeu 188 jovens que, sobretudo, por dificuldades económicas, mas também devido a outros factores, como gravidez e acesso à escola, deixaram de estudar, mas 181 desejam prosseguir os estudos, apesar destas vicissitudes, designadamente financeira.
JMJMV