Cidade da Praia, 19 Dez (Inforpress) – O artista plástico Tchalé Figueira defendeu a necessidade de haver a incrementação de escolas e “muita leitura” para que o mundo da arte possa evoluir em Cabo Verde.
Tchalé Figueira, que falava aos jornalistas quarta-feira à margem da sua exposição “O Silêncio Musical das Cores”, disse que há muitos jovens a pintar, mas que sem escolas não conseguem alcançar um caminho próprio, uma vez que, segundo ele, há interferências por não conhecerem a história da arte.
Sobre a exposição, o artista transmitiu que tenta retratar uma mitologia pessoal, coisas do seu universo, sempre cheias de figuras humanas, animais, entre outras, tentando descobrir os mistérios dessa vida.
“Às vezes, eu pinto por temas, mas dessa vez não, isso aqui está tudo misturado. Há a parte mais do silêncio, assim como das cores e toda essa gama de mundo a falar com os espectadores”, explicou.
Conforme mostrou, a escolha do título “O Silêncio Musical das Cores” surgiu através de uma obra sinfónica de um compositor russo intitulada “Retratos de uma exposição”, que juntou a música e a pintura.
Para Tchalé Figueira, a arte está interligada nas suas diferentes vertentes, através da criatividade de cada artista.
Nascido a 02 de Outubro de 1953, na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, Tchalé Figueira é um artista cujas suas obras já foram exibidas em vários países como Portugal, França, Suíça, Angola, Holanda, entre outros.
Além da pintura, Tchalê Figueira é autor de vasta obra literária de contos e poesia, com livros como ‘Todos os naufrágios do mundo’ (1992), ‘Onde os sentimentos se encontram’ (1998), ‘O azul e a luz’ (2002), ‘Solitário e Ptolomeu Rodrigues’ (2007), ‘Contos de Basileia’ (2011), ‘Cesária – A rota da Lua vagabunda’ (2015), com Vasco Martins.