Cidade da Praia, 19 Dez (Inforpress) – A UNTC-CS manifestou preocupação com um diploma do Governo de recrutamento do pessoal dirigente e intermédio e com a proposta de perda de voto do Conselho Directivo do INPS em detrimento do aumento dos poderes da Comissão Executiva.
Esta inquietação da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS) foi manifestada pela secretária-geral da organização, Joaquina Almeida, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
A central sindical, indicou a mesma fonte, entende que com esta proposta do Governo, o executivo “continuará com os seus representantes no total de cinco, contra dois do patronato, e dois dos trabalhadores”.
Joaquina Almeida realçou ainda ter levado à presidência outras preocupações como a “situação laboral, a precariedade e a reposição do poder de compra”, tendo em conta que os trabalhadores têm os seus “salários congelados desde 2011”.
Pretendeu a UNTC-CS, com esta audiência, sensibilizar o chefe de Estado no sentido da fazer exercer a sua magistratura de influência para, “antes da promulgação”, ouvir as centrais e os sindicados “no âmbito da lei”, alegando que o artigo 93 da do Código Laboral refere-se ao direito da audição.
Em relação a anunciada manifestação geral dos trabalhadores prevista para Janeiro de 2020, Almeida, explicou que a sua organização já se reuniu com todas as estruturas sindicais “de Santo Antão a Brava, particularmente aos de Santiago”, no sentido de levar a cabo esta manifestação, como uma das formas de luta em Janeiro, para contestar a situação da precariedade laboral junto do Governo.
Afiançou que a UNTC-CS tem estado a concertar com os sindicatos e os trabalhadores quanto à manifestação geral dos trabalhadores cabo-verdianos, porque “sozinha não consegue fazer nada”.