Cidade da Praia, 05 Mai (Inforpress) – O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas considerou hoje que a língua portuguesa jamais será celebrada “plenamente”, enquanto a língua cabo-verdiana não for assumida “completa e integralmente”.
Abraão Vicente fez esta consideração em declarações à Inforpress, por ocasião da celebração, pela primeira vez, do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala hoje, tendo sublinhado que esse reconhecimento por parte da Unesco é um “marco importante”.
Contudo, advogou, para Cabo Verde o desafio é aprofundar o ensino do português. A seu ver, o País deu um “grande passo” ao colocar o português como língua segunda no sistema de ensino, mas a língua portuguesa, prosseguiu, “jamais será celebrada plenamente”, enquanto a língua cabo-verdiana “não for assumida completa e integralmente”.
“Enquanto as instituições não tiverem a coragem política e física de assumirem a língua cabo-verdiana no seu todo e a sua introdução no sistema de ensino não existe a paridade. (…) Nós estamos a cumprir primeiramente a Constituição, porque o artigo 9º é claro, o Estado tem de criar todas as condições para que a língua cabo-verdiana esteja em paridade com a língua portuguesa”, frisou.
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