Cidade da Praia, 02 Fev (Inforpress) – O chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que “muito provavelmente não haverá tolerância de ponto” para as festas do Carnaval e que o Conselho de Ministros vai decidir nesse sentido.
“A tolerância de ponto é para manifestações e desfiles e, não havendo isto nessa altura da pandemia, não faz sentido que haja tolerância”, indicou o primeiro-ministro, acrescentando que todos “devem contribuir para o controlo” da disseminação do vírus.
Ulisses Correia e Silva fez essas considerações à imprensa à margem da visita que realizou hoje à dessalinizadora do Parmarejo Grande, onde pôde verificar o aumento da capacidade instalada, que permitirá fazer a água chegar aos domicílios dos bairros de Simão Ribeiro, São Paulo, Jamaica e Monte Vermelho, todos na Cidade da Praia e, ainda, melhorar o abastecimento nos municípios de São Domingos e São Lourenço dos Órgãos, ambos no interior de Santiago.
Instado sobre a hipótese de as novas estirpes da covid-19 estarem a circular no País, evitou comentar, alegando não dispor de “informação técnica” para o efeito.
No entanto, disse: “temos que estar atentos e tomaremos as medidas que forem necessárias para que possamos ter o controlo devido sobre a propagação da pandemia”.
Entretanto, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, havia já pronunciado sobre o Carnaval, dizendo que este ano “não vai haver” a festa do Rei Momo.
“O Gabinete de Crise vai reunir-se e creio que não vai haver Carnaval”, assegurou o governante, acrescentando que haverá uma reunião com os principais dinamizadores desta manifestação cultural para lhes passar esta directiva do Governo.
Para Abraão Vicente, este ano, “não há condições para a realização de carnavais” nem para a realização de eventos que impliquem ajuntamento de pessoas.
“O Carnaval é um evento popular e não faz sentido sequer que as entidades públicas promovam actividades virtuais no sentido de transmitir on-line”, avisou.
O governante defendeu que não faz sentido que, em período de pandemia, o Estado promova qualquer tipo de ajuntamento.