Porto Novo, 15 Nov (Inforpress) – Os agricultores no concelho do Porto Novo, em Santo Antão, prevêem, a partir de Janeiro de 2023, conseguir “uma boa safra” de cana de açúcar graças às chuvas abundantes registadas neste ano de 2022.
As associações locais de agricultores consideram que, quando chove em abundância, como se verificou este ano, a colheita de cana sacarina supera as expectativas, perspectivando, por isso, “uma boa safra” a partir de Janeiro, quando começar o período de industrialização da aguardente em Cabo Verde.
“De facto, quando chove como aconteceu este ano, contamos sempre com uma boa colheita de cana sacarina. As plantações estão com uma boa cara”, confirmou o presidente da Associação dos Agricultores de Alto Mira, Ederlino Fortes.
A seca que atingiu este município nos últimos anos condicionou sobremaneira a safra de cana de açúcar e, consequentemente, a produção da aguardente, segundo os agricultores.
Ribeira das Patas foi o vale mais atingido pela seca dos últimos quatro anos, que teve impacto negativo no cultivo da cana sacarina, lembrou o representante dos agricultores, Arlindo Delgado.
Depois desses anos de seca, os agricultores dizem-se esperançados numa “boa produção” em 2023, graças às chuvas que caíram em toda a ilha no terceiro trimestre deste ano.
Santo Antão, com uma área de mais de mil hectares coberta por cana-de-açúcar, dispõe, actualmente, de 173 alambiques.
Ribeira Grande de Santo Antão é o concelho com maior número de alambiques em todo o território nacional (99), seguido por Paul, Ribeira Grande de Santiago e Santa Cruz, com 44, 40 e 37 unidades, respectivamente.
A nível de Santo Antão, com uma produção à volta de dois milhões de litros da aguardente por ano, o município Porto Novo é o que tem menor número de alambiques (30).