Cidade da Praia, 25 Mar (Inforpress) – A presidente da ACLCVBG apelou hoje às mulheres a trabalharem para uma maior resiliência enquanto mãe, chefe de família e vítima de violência, incentivando-as na busca do amor próprio para responder às demandas da vida cotidiana.
Vicenta Fernandes fez esse apelo em declarações à Inforpress quando falava sobre a conferência alusiva aos dez anos da Lei da VBG a ter lugar, esta quinta-feira, na Universidade de Cabo Verde e sobre o Dia da Mulher Cabo-verdiana que se assinala sábado, 27.
Segundo Vicenta Fernandes, à conferência serão levados temas como “Lei VBG: Um marco histórico na promoção da igualdade de género e ao empoderamento em Cabo Verde”, “O porquê da Lei VBG em Cabo Verde”, “A primeira lei específica em Cabo Verde de promoção de igualdade de género”, “O impacto da lei VBG na promoção da igualdade de género em Cabo Verde”, entre outros.
A par isso, e porque também está previsto o debate sobre o engajamento dos homens na luta pela igualdade de género e erradicação da violência contra mulheres, Vicenta Fernandes, realçou o trabalho que os homens vêm fazendo neste processo, realçando particularmente, o engajamento da Associação Laço Branco.
“Podemos dizer que não só Laço Branco, mas também homens, que não pertencem à associação, têm vindo a apoiar o processo porque são pessoas que têm respeito pela liberdade e dignidade humana, assim como pelo respeito mutuo”, disse.
Neste processo, realçou que a luta maior deve ser assumida pela mulher, pois, sustentou que existem mulheres que, mesmo estando a sofrer pela submissão ao outro, continuam a padecer sem expor seus problemas para assim poder mudar o significado da sua vivência e superar.
Além do debate, a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Gênero (ACLCVBG) vai rubricar um protocolo de parceria com a Universidade de Cabo Verde e com a Ordem dos Advogados.
O protocolo assinado com a Universidade de Cabo Verde vai reforçar a colaboração com o Centro de Investigação e Formação em Género e Família (CIGEF) na realização de estudos e pesquisas.
Já o protocolo com a Ordem dos Advogados visa apoio jurídico, nos vários concelhos onde não existem advogados e nem representação da Ordem, para orientar as vítimas.