Bissau,05 Mai 22(ANG) – A Inspecção Geral de Saúde Pública não tem competência para determinar os preços de medicamentos que se comercializam nas farmácias, afirmou Benjamim Lourenço Dias, Inspector-geral.
Em entrevista exclusiva à ANG, sobre a falta de uniformização de preços de medicamentos em diferentes farmácias do país,Benjamim Dias disse que essa competência é do Governo.
Aquele responsável disse que a missão da Inspecção Geral é de controlar e fiscalizar o que foi decidido pelo Governo ou qualquer outro serviço público ligada ao sector de saúde.
“É o Governo a quem compete definir a política de margem de preços, mas trata-se, de facto, de uma preocupação da Inspecção Geral tendo em conta, as várias queixas que recebemos”, sublinhou.
A título de exemplo, Benjamin Lourenço Dias revelou que receberam queixa de um cidadão, que comprou um medicamento no Senegal, no valor de três mil francos CFA e quando o referido medicamento esgotou, recorreu à uma farmácia aqui no país e disseram-lhe que o mesmo medicamento custa 15 mil francos CFA.
“Essa situação é lamentável, mas não existe nenhuma instituição para controlar os preços de medicamentos, porque não existe a política de margem de preços no país, à semelhança do que muitos países fazem”, disse.
O Inspector Geral da Saúde Pública afirmou que, é urgente adoptar uma política de preços de medicamentos que se pratica nas farmácias, frisando, a título de exemplo, que o preço de compra de um Paracetamol em Dacar é o mesmo que em Ziguinchor.
“Por isso entendemos que é urgente a harmonização de preços de medicamentos em todas as farmácias do país para o bem das populações”, disse Benjamin Lourenço Dias.