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Analistas económicos prevêem situação ainda mais difícil para as famílias cabo-verdianas em 2023


  20 Décembre      46        Economie (21055),

 

Cidade da Praia, 20 Dez (Inforpress) – O ano de 2023 poderá ser ainda mais difícil para as famílias cabo-verdianas, tendo em conta a conjuntura marcada pelas crises e aumentos exponenciais dos preços dos bens e serviços, consideram alguns analistas económicos abordados pela Inforpress.
Ailton Moreira, economista e professor universitário, considera que devido a alguns riscos que ainda o mundo está a viver, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia e sua expansão para outros países, a covid-19 e as alterações climáticas a tendência é para os preços continuarem a subir em 2023.
“A previsão é que a situação que se vive actualmente se mantenha e ou até fique pior”, prognosticou, demonstrando-se reticente quanto à previsão da inflação de 4,2% para 2023 em Cabo Verde.
“Países como Portugal e Espanha estão a prever a inflação à volta de 10% para o próximo ano. Aqui o Banco de Cabo Verde está a prever de 4 a 6%. Como é possível se nós dependemos da importação desses países”, questionou.
O mesmo prognóstico é feito também pelo economista e consultor internacional, José Agnelo Sanches, que cita o BCV no que se refere às perspectivas económicas nacionais e que indicam que em 2023 as actividades económicas estarão ainda assombradas pelas consequências económicas da guerra na Ucrânia.
José Agnelo Sanches lembra que o governo propõe, no quadro do OGE para 2023 já aprovado, gerir as contingências e emergências para proteger pessoas e empresas, relançar a economia e preparar o país para um futuro de maior resiliência e sustentabilidade, fixando um aumento de mil escudos cabo-verdianos para o salário mínimo, que é actualmente 13.000 e uma actualização salarial dos funcionários públicos com rendimentos até 69.000 e pensionista do INPS entre 1 a 3,5%.
No entanto, duvida se este aumento será suficiente para repor o poder de compra e, quanto aos investimentos previstos, se se contribuirão para a criação desejada de factores de resiliência face ao contexto de crise que se prolonga.
“Mesmo com um ano agrícola de resultados animadores, prevê-se a situação ainda difícil para as famílias, especialmente as de renda baixa, as mais penalizadas. É que quando há uma subida generalizada de preços, também o salário e as contribuições sociais devem ser reajustados no geral”, anotou José Agnelo Sanches.
De uma forma “global” os economistas reconhecem os esforços do Governo para encontrar soluções de equilíbrio, por forma a compensar e mitigar os efeitos negativos da subida dos preços dos combustíveis e bens essenciais no país, e, eventualmente criar stocks de segurança para prevenir possíveis roturas.
Entretanto, entendem que o Governo devia ir mais além.
Ailton Moreira considerou que o Governo devia disponibilizar no Orçamento de Estado verbas para programas de apoio aos mais afectados, programas de inclusão produtiva e geradores de rendimento e para “subsidiar” aumento de preços de bens alimentares essenciais designadamente cereais, leite e óleos.

O Governo reconhece que o Orçamento de Estado para 2023 acontece ainda em contexto de crise mundial, sublinhando que aos graves impactos sanitários, económicos e sociais da pandemia, veio juntar-se os graves impactos económicos e sociais provocados pela guerra na Ucrânia.
“Retomamos o crescimento económico, mas com um nível de inflação elevado. Durante muitos anos Cabo Verde registou inflação inferior a 2%. É isto que também está a acontecer a nível mundial”, indicou o executivo que prevê, por isso, que 2023 se desenha como mais um ano desafiante para todo o mundo e, obviamente, para Cabo Verde.

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