Cidade da Praia, 23 Jul (Inforpress) – A Associação cabo-verdiana de Luta Contra Violência Baseada no Género (VBG) na Suíça procedeu a entrega de kits higiênicos a 50 mulheres encarregadas de educação da Escola SOS, na Praia, em situação de vulnerabilidade.
Em declarações à imprensa,quinta-feira, a vice-presidente da associação, Florinda Monteiro, explicou que esta iniciativa foi organizada pela Fundação Humana e visa apoiar as mulheres carenciadas com um kit feminino.
Após fazer um levantamento dos grupos de mulheres que poderiam receber este kit, realçou, a Associação cabo-verdiana de Luta Contra VBG na Suíça quis dar o pontapé de saída com o projecto abrangendo as mulheres e encarregadas de educação da Escola SOS.
A arrecadação dos kits, segundo esta responsável, tem sido feita através de doacções que a comunidade cabo-verdiana residente na Suíça tem feito ajudando assim a associação no cumprimento da sua missão.
“É a primeira vez que nós, em conjunto, resolvemos fazer um apelo para contemplar mulheres e chefes de família com produtos higiénicos”, disse, salientando que as perspectivas da associação é abranger mais mulheres podendo na próxima fase beneficiar as do mundo rural.
Florinda Monteiro notou ainda que o que verdadeiramente motivou a criação da Associação cabo-verdiana de Luta Contra VBG na Suíça é o facto de saber que muitas mulheres vivem em situação de vulnerabilidade e que os apoios são sempre necessários visando contribuir, mesmo que em menor grau, para a melhoria de suas condições.
Por seu turno, o director do Liceu Domingos Ramos e Agrupamento 6, José Augusto Fernandes, congratulou-se com o “gesto simbólico” da associação, adiantando este kit irá contribuir para o aumento de auto-estima das mães de alunos da escola.
De acordo com este responsável, será feita uma selecção criteriosa por forma a beneficiar as mães e encarregadas de educação com a entrega dos kits higiénicos.
“O Agrupamento tem uma sub-direcção de inclusão social e nós temos a ficha dos alunos carenciados e nós vamos seleccionar criteriosamente, formar uma equipa no sentido de ver, de facto, a família que merece e que tem necessidade”, afiançou.
Por seu turno, o representante da Fundação Humana, Dácio Vasconcelos, informou que a fundação tem feito um trabalho na mobilização de parceiros nacionais e internacionais por forma a obter mais apoios para ajudar as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e sanitária.
“Estamos a entrar em contacto com toda a comunidade cabo-verdiana residente na diáspora no sentido de vermos o que é possível fazer dentro da vertente social da Fundação Humana. A fundação tenciona abrir um centro de cuidados de doenças continuadas e paliativas aqui em Santiago e estamos a fazer estes trabalhos pontuais, galgar passos, no sentido desse centro vir a ser realidade” afirmou.
Entretanto, Dácio Vasconcelos lamentou o facto de a fundação enfrentar constrangimentos no levantamento dos apoios de parceiros internacionais na alfândega, uma situação que espera que irá melhorar.