Cidade da Praia, 02 Jun (Inforpress) – A ministra da Defesa, Janine Lélis, disse terça-feira que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai aprovar a deliberação que cria o mecanismo de resposta das Forças Armadas, instrumento para dar respostas às situações de catástrofes.
Janine Lélis fez esta intervenção à imprensa, à margem da na XX reunião de ministros da Defesa Nacional ou equiparados da CPLP, que aconteceu em formato virtual.
A ministra, que assume também as pastas de Estado e da Coesão Territorial, explicou que da reunião vão sair algumas deliberações importantes em matéria de Defesa, desde logo, a criação do mecanismo de resposta das Forças Armadas a nível da CPLP para as situações de catástrofes.
Segundo a governante, isso significa que está sendo criada uma capacidade de resposta, a nível da comunidade, em jeito de solidariedade e sempre que se mostrar necessário haja essa conjugação de esforços para ajudar.
Instada sobre a forma que a comunidade vai intervir nos conflitos que acontecem em Cabo Delgado, Moçambique, Janine Lélis destacou a importância do mecanismo neste sentido, indicando que a Comunidade, além de mostrar solidariedade, colocou sobre a mesa esse instrumento, exactamente porque situações desta natureza acontecem.
“A concepção do mecanismo tem toda uma logística subjacente, desde a forma como o pedido é feito, em que termos é que deve ser feito, assim como, a forma que as respostas devem ser prestadas e organizadas”, assinalou.
“O instrumento não é perspectivado como uma força permanente, mas sim pontual, para satisfazer necessidades e será uma prioridade para assumirmos a presidência desta reunião, a partir do próximo ano”, acrescentou a ministra.
Janine Lélis avançou que deste encontro há também a questão da avaliação da estratégia da defesa da CPLP e como é que ela deverá responder, em especial, para as operações de paz e assistência humanitária das Nações Unidas.
A par disso, atestou, está ainda sobre a mesa a apreciação da resolução das Nações Unidas sobre o papel das mulheres em relação à promoção dos direitos humanos das crianças e das pessoas que são vítimas de violência nos conflitos armados.
“Eu penso que são instrumentos fundamentais que nós estaremos a discutir a nível da comunidade, para de uma forma integrada e consolidada, podermos trazer e levar aquilo que é a nossa capacidade e competência para ajudar lá onde nós pudermos”, reiterou.
Esta reunião, que acontece sob a presidência do Brasil, tem na agenda também a análise das questões internacionais e das implicações político-militares no contexto regional para os estados-membros da CPLP.
HR/CP
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