Nova Sintra, 09 Jul (Inforpress) – A líder parlamentar do MpD (poder)), Joana Rosa, disse quarta-feira no Parlamento que o Orçamento Rectificativo (OR) elege a questão sanitária, socio-económica e adaptação ao “novo normal”, como sendo as três vias prioritárias de intervenção.
A deputada, que falava durante a discussão, no Parlamento, OR explicou que o quadro de estabilidade macroeconómica, associado à dinâmica de crescimento da economia cabo-verdiana no período 2016-2019, sofreu um “duro golpe”, em consequência do “tsunami da crise económica” provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Esta crise, conforme a parlamentar, afectou o sistema à escala global, com impacto em todos os sectores da economia do País, mormente no turismo, que segundo a mesma, tem sido considerado a “âncora do desenvolvimento” de Cabo Verde, visto que é o sector que mais criou emprego.
“Este novo quadro internacional e nacional impõe a re-centragem e a redefinição de prioridades, tendo como foco a protecção da vida humana, o relançamento da economia e a mitigação dos efeitos económicos e sociais na vida das pessoas, das famílias e das empresas”, enfatizou a deputada.
Joana Rosa afirmou que o orçamento rectificativo elegeu, por isso, a área sanitária, a questão socio-económica e adaptação ao “novo normal” como sendo as áreas prioritárias para a intervenção do Governo.
Na questão sanitária, a líder parlamentar realçou que foram dotadas as autoridades sanitárias de meios e equipamentos visando o combate à pandemia, destacando os investimentos na instalação dos laboratórios de virologia que permitiram o País deixar de fazer recurso a Portugal para realizar exames da Covid-19.
”Hoje, temos o laboratório na Praia e em São Vicente a funcionar, e o do Sal em fase de instalação”, indicou Joana Rosa, acrescentando que a palavra-chave neste sector é “salvar vidas”.
A nível socioeconómico, a mesma fonte disse que o objectivo é “socorrer os mais pobres e os que mais dificuldades têm em levar uma vida digna”.
Para a adaptação ao “novo normal”, a líder da parlamentar do partido que sustenta o Governo adiantou que se está a criar um “sistema focado na segurança total do País, isto é, focado na segurança sanitária, física, jurídica, alimentar, ambiental, ao nível dos transportes, da cibernética, do território, do espaço aéreo e marítimo e social”.
“É obrigação nossa ultrapassar as barreiras que nos foram impostas pela covid-19”, disse a deputada, sublinhando que é necessário “acelerar” para retomar o turismo, desenvolver a agricultura, a economia azul, a economia digital, para que o País possa em 2021 retomar a via do crescimento.
Segundo a líder parlamentar do MpD, o Orçamento Rectificativo é um orçamento que “protege o emprego e os rendimentos, virado para a protecção social das famílias mais pobres e para os que exercem actividades informais”.
Também, reforçou que este mesmo orçamento compromete-se com uma “educação de excelência” e com o desenvolvimento do capital humano e que garante os direitos e a protecção de crianças e adolescentes.
O Orçamento Rectificativo é de 75 milhões de contos, com um acréscimo de dois milhões de contos face ao orçamento inicial que era de 73 milhões de contos.
MC/JMV
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