Cidade da Praia, 13 (Nov) – José Joaquim Santos, Anyse Pereira, Hélio Rocha, Ava Cardoso e Nelmer Gonçalves foram os cinco investigadores cabo-verdianos distinguidos hoje no âmbito da segunda edição do prémio científico, que visa promover acções que fomentem a cultura da investigação.
A atribuição do prémio científico é uma iniciativa do Governo, através do Ministério da Educação, com o propósito de promover acções que fomentem a cultura da investigação científica e tecnológica, incentivando a competição científica com base em regras transparentes para privilegiar a Assim, José Joaquim Santos venceu com o trabalho sobre Simulação, Análise e Avaliação Termoeconómica de Sistemas Térmicos, na categoria Cabo Verde Global ScientificPrize, destinado aos projetos de investigação liderados por investigadores cabo-verdianos no país e na diáspora.
O prémio Cabo Verde Prize for YoungScientists, destinado às teses de doutoramento de investigadores cabo-verdianos no país e na diáspora com idade não superior a 35 anos, este ano distinguiu dois trabalhos sendo um prémio PYS ex-aequo para a tese de doutoramento em Doenças Tropicais e Saúde Global, da autoria de Hélio Rocha.
O segundo para esta categoria foi para Anyse Pereira, com a sua tese de doutoramento em Saber Tropical e Gestão, que destaca a importância da biodiversidade de plantas em Cabo Verde, fazendo uma abordagem multissectorial, a nível agrícola, medicinal e a nível recursos genéticos existentes nas plantas endémicas e autóctones do país.
A distinção para a Cabo Verde Prize for GirlsandWomen in ICT foi para Ava Cardoso destinado às teses de mestrado ou doutoramento de meninas e mulheres cabo-verdianas no país e na diáspora na área das TIC, com o trabalho, tese de mestrado, que faz uma análise do sistema de entrega de pequenas encomendas na Enapor do Porto Grande.
O Prémio de Ficção Científica João Vário para Jovens Pré‑universitários, destinado aos textos inéditos de ficção científica de jovens pré-universitários, foi para o trabalho intitulado Distantes, uma narrativa ficcional sobre o ano de 2024, do jovem Nelmer Gonçalves, que alerta a humanidade para a crise ambiental que pode provocar a extinção da vida na Terra.
Os agraciados enalteceram o importante incentivo do Governo para quem está e continua na ciência.
“Eu acho que estamos a fazer a coisa certa, a ciência se desenvolve com incentivos, e tem que ter financiamento. Cabo Verde tem um certo atraso natural pela nossa história, quando fui para o Brasil não havia ensino superior aqui, hoje já temos, temos até cursos além da graduação, então eu acho que estamos no caminho certo”, comentou à imprensa José Joaquim Santos.
Para Anyse Pereira este feito representa um abraço “bem quente” do seu país que investiu nela desde pequeno tendo ressaltado que o seu projecto foi no sentido de valorizar a flora cabo-verdiana, e comprovar realmente que o saber tradicional nacional é algo que deve ser valorizado.
O valor global de cada um dos prémios é de um milhão e quinhentos mil escudos, sendo que o rendimento de propriedade intelectual é de quinhentos mil escudos, igual valor para a promoção e divulgação dos resultados do projeto em Cabo Verde, e a terceira parcela de quinhentos mil escudos será reservada para a internacionalização do trabalho premiado.
O Prémio de Ficção Científica João Vário para Jovens Pré-universitários é no valor de cinquenta mil escudos.