Porto Novo, 17 Dez (Inforpress) – Os produtores agrícolas no Porto Novo, Santo Antão, continuam a acreditar no projecto agro-industrial desta ilha e têm a “esperança” em que os investimentos, à volta de 2,4 milhões de contos, sejam implementados já no decorrer de 2021.
Miguel Santos, em Casa de Meio, porta-voz dos agricultores, informou que os produtores continuam a acreditar no projecto, a cargo da empresa Aquasun Energia e Água, e têm a expectativa de que os investimentos previstos serão concretizados, pelo impacto que terão nos sectores agrícola e pecuário, no município do Porto Novo.
Além da Casa de Meio, o projecto, que se desenvolverá numa área à volta de 21 hectares de terrenos, envolverá ainda os agricultores de Ponte Sul/Chã de Mato, Lajedos e Ribeira das Patas.
“Ultimamente, não temos ouvido falar do projecto, mas continuamos a acreditar que será implementado. Continuamos a ter esperança no projecto”, notou este agricultor, que, já por algumas vezes, participou em encontros para discutir questões relativas à execução deste empreendimento.
Conforme Aquasun Energia e Água, este projecto ficou condicionado pela pandemia do novo coronavírus, mas que continua “a trabalhar” com vista à concretização deste “importantíssimo investimento” para Santo Antão.
O presidente do conselho de administração da Aquasun Energia e Água, António Osório, disse à Inforpress que a empresa continua “a trabalhar” para a materialização deste projecto, cujo estudo de impacto ambiental já foi concluído, estando a fazer “um esforço enorme” para ultrapassar as limitações e as dificuldades criadas pela covid-19.
O projecto agro-industrial para Santo Antão prevê a montagem e operacionalização, já em 2021, de um parque solar de 7,5 mega watts e de uma dessalinizadora da água do mar, com capacidade de produção de 3.500 metros cúbicos de água/dia, destinada à agricultura e pecuária.
Os investidores perspectivam, com este projecto, uma produção anual de três mil toneladas de produtos diversos (morango, melancia, batatas, tomate, cenoura) para o mercado turístico nacional, pretendendo ainda instalar em Santo Antão um centro de transformação agro-alimentar.
Os investidores pretendem ainda adquirir aos agricultores das zonas abrangidas toda a sua produção e desenvolver acções com vista ao combate à praga dos mil pés, à certificação do queijo e à produção de pasto para os animais.
