Mindelo, 18 Jan (Inforpress) – O ministro da Saúde disse, no Mindelo, que está a trabalhar com o Ministério da Educação, a Direcção do Ensino Superior, a Universidade de Cabo Verde e as ordens profissionais no projecto do Campus da Saúde.
Arlindo do Rosário falava no acto da comemoração do Dia do Médico Cabo-verdiano e dos 23 anos da criação da Ordem dos Médicos de Cabo Verde, que aconteceu no domingo, 17, num dos hotéis de São Vicente.
O ministro avançou que o futuro Campus da Saúde incluirá a formação nas áreas da enfermagem, saúde pública e medicina, na sua integralidade, e outras áreas da saúde de “grande necessidade” em Cabo Verde.
“Passaremos a ser capazes de formar e treinar os nossos próprios médicos, no mesmo contexto em que futuramente serão integrados, gerando assim um ecossistema de saúde mais equilibrado, interactivo e sustentável”, explicou Arlindo do Rosário, para quem esta foi uma das expectativas com que iniciou o ano de 2021.
O governante informou ainda que está a trabalhar com a Ordem dos Médicos e com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) na operacionalização, junto dos hospitais e centros de saúde, do último ano do curso de medicina geral e integral, ou seja o sexto ano que será realizado em Cabo Verde.
“Vamos receber e ajudar a concluir a licenciatura, a primeira geração de estudantes de medicina cuja formação tem um cunho nacional”, adiantou.
As outras expectativas para o ano de 2021, revelou o ministro, serão a abertura de concursos para a formação especializada no País e no exterior, em conformidade com o plano estratégico de recursos humanos para a saúde.
Além disso, Arlindo do Rosário mostrou-se “expectante” por ver promulgada, pelo Presidente da República, a proposta de alteração do decreto-lei sobre o estatuto da carreira médica.
O diploma, explicou, permitirá que os médicos que regressam ao País, após especialização, sejam devidamente enquadrados na carreira como especialistas.
“Com esta medida, o Governo pretende dar o devido reconhecimento aos que completando uma formação especializada possam contribuir sem restrições na sua área de especialização e ser-lhes reconhecido este estatuto, quer em termos legais, de progressão de carreira, como também em termos remuneratórios”, clarificou.
Para o ministro da Saúde, esta será também uma forma “legítima e justa” de fixar mais profissionais especialistas no sistema nacional de saúde.
CD/AA