Mindelo, 20 Fev (Inforpress) – O líder do Sindicato Nacional dos Professores, em São Vicente, reuniu-se hoje com os delegados sindicais para esclarecer aspectos do Estatuto Docente e apelar à “união da classe” face às “acções de outro sindicato para desestabilizar os professores”.
Em declarações à imprensa, o líder do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Nelson Cardoso, explicou que o encontro se enquadra nas acções do Sindep com os seus delegados sindicais.
Desta vez, avançou, o objectivo foi abordar questões “pertinentes”, nomeadamente, “a acção levada a cabo por um sindicato para desestabilizar a classe, criar insatisfação e, com isso, tirar algum proveito em termos de associados”.
O representante do Sindep em São Vicente acusa o outro sindicato dos professores de “falar mal” do Estatuto do Pessoal Docente, “sem o conhecer,” e de informar, “por ma fé, que “não há reclassificação, promoção e progressão na carreira”.
“Temos um estatuto que dá direitos e falar mal do estatuto é confundir o professor. Ainda mais quando se diz que não há reclassificação, progressão e promoção na carreira. Isso tudo não corresponde à verdade e é grave porque o professor já está insatisfeito por causa das suas questões pendentes com o Ministério da Educação”, exemplificou.
Conforme Nelson Cardoso, o estatuto foi publicado em Dezembro de 2015, e “se hoje os professores ainda não sentiram todos os ganhos é porque o Ministério da Educação não tem cumprido com as suas obrigações”.
“A reclassificação está nos pontos 33 e 34 do artigo 6º”, revelou o sindicalista para quem “a máxima do outro sindicato é dividir para reinar”. No seu entender, há sindicatos que vieram para “lutar contra outros sindicatos e a serviço do patronato”.
“Quem faz as reclassificações e publica os subsídios é o ministério e não o sindicato. O sindicato pressiona para resolver. Não posso substituir o ministério. Não posso vir cá dizer que nós já fizemos isso”, acrescentou Nelson Cardoso que também acusa o outro sindicato de utilizar o nome do ministério para atrair associados.
“Utilizam o nome do ministério e dizem, vem para o sindicato e nós conseguimos a sua transferência. Isso até com a conivência do próprio Ministério da Educação”, afirmou.
Mesmo assim, Nelson Cardoso defendeu que os sindicatos devem unir-se e exigir do Ministério da Educação que cumpra os acordos e compromissos e, principalmente, que implemente na íntegra o Estatuto do Pessoal Docente.
Por isso, “desafiou” o sindicato “a juntar-se ao Sindep para defender os interesses dos professores”.
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