Cidade da Praia, 22 Abr (Inforpress) – O Sector Empresarial do Estado (SEE) registou no 4º trimestre de 2021 uma melhoria na ordem de 8,1%, face ao mesmo período de 2020, embora o resultado líquido tenha sido negativo.
Os dados constam do relatório de desempenho do SEE, referente ao 4º trimestre acumulado de 2021, publicado pela Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE) do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, e que abrangeu as 33 empresas detidas ou participadas pelo Estado.
De acordo com o documento, a que a Inforpress teve acesso, “globalmente” as empresas acompanharam a tendência de recuperação económica, de forma gradual, embora ainda não tenham sido atingidos os valores pré-pandemia da covid-19.
“O 4º trimestre acumulado reflectiu uma melhoria significativa da eficiência operacional, traduzida pela dinâmica positiva do resultado operacional (+31,6%) e do resultado líquido (+22,7%). Globalmente, apesar da retoma sentida em finais de 2021, o desempenho das empresas do SEE continua sendo impactado pelos efeitos da pandemia da covid-19”, refere o documento.
O mesmo indica que “o volume de negócios teve uma dinâmica negativa, embora menos acentuada do que em 2020, registando um decréscimo de 14,7% (-27,3% em 2020”.
Porém, indicou, as empresas ligadas ao sector dos transportes e logísticas, à exceção dos TACV, “sector bastante afectado pela pandemia”, registaram aumento no seu volume de negócio.
“A ASA cresceu 8,4% e a Enapor 7,0%. No sector de energia, o volume de negócios da Electra registou uma dinâmica positiva de 22,4%. A melhoria no volume de negócios deveu-se principalmente à retoma económica impulsionada pelo sector do turismo e à reabertura das unidades hoteleiras na ilha do Sal, em finais do ano 2021”, sustentou.
“O resultado líquido do SEE, pese embora tenha sido negativo, registou uma melhoria de 8,1% face ao período homólogo”, refere o documento, indicando que no final do 4º trimestre de 2021, o total do activo do SEE ascendia a 118.185.313 escudos 48. 136. 806 escudos em activos corrente e 70 048 506 escusos em activos não corrente.
O relatório salientou ainda que entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2021, os activos do SEE decresceram 4,6%, enquanto que o passivo totalizava 104. 781 901 escudos representando 89% do balanço do SEE, representando 58,3% do PIB.
“As seis maiores empresas do SEE, que contribuíram com cerca de 70% do volume de negócios e 66% da riqueza criada pelo SEE, com 51% do ativo e 59% do passivo do SEE, a saber: ASA, Electra, Emprofac, Enapor, IFH e TACV, viram os seus volumes de negócios crescer 44,7% até finais do 4º trimestre de 2021, em comparação com o 3º trimestre de 2021, com impacto positivo de 45,7% da riqueza criada”, indicou o relatório.
No que se refere ao risco fiscal, calculado com base no SOE Health Check Tool, do FMI, o relatório apontou para uma “dinâmica favorável”, tendo quatro empresas saído da categoria de risco alto (high risk), nomeadamente a ASA, a CABEÓLICA, a CVT e o CERMI, que passaram risco moderado (moderate risk), bem como, a FIC, que saiu de risco muito alto (very high risk) para baixo risco e a RTC de muito alto risco (very high risk) para alto risco (high risk).
Para 2022, as perspectivas apontam para a continuação da retoma da actividade económica do SEE, com previsão de crescimento de todas as rubricas do balanço e demonstração de resultados à expceção do capital próprio que irá decrescer, fruto dos resultados transitados de 2021 para 2022.
“O resultado líquido das seis maiores empresas do SEE irá crescer 36%”, concluiu o relatório.