Mindelo, 11 Mar (Inforpress) – O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e o Sindicato da Indústria Comércio e Turismo entregaram um pré-aviso de greve dos trabalhadores do Instituto do Emprego e Formação Profissional por causa da não publicação da lista de transição.
Em conferência de imprensa, hoje no Mindelo, o secretário permanente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Fortes, anunciou que a greve dos trabalhadores do IEFP deverá arrancar no dia 18 de Março e terá duração de 48 horas.
O sindicalista garantiu que a greve será realizada com a anuência de “90 por cento (%) dos 140 trabalhadores” do instituto e que estes “não levantarão o pré-aviso enquanto não for publicada no Boletim Oficial, até o dia 17 de Março, a lista definitiva de transição”.
“Esta tomada de decisão está sustentada por um abaixo-assinado subscrito por 90% dos trabalhadores do IEFP, de todos os concelhos onde existe um centro de emprego, mais os funcionários da sede do IEFP na cidade da Praia”, assegurou.
Conforme Luís Fortes, depois da publicação do Plano de Cargos Carreiras e Salários do IEFP, já se passaram 40 dias sem a publicação da lista definitiva de transição dos trabalhadores para o quadro do PCCS do IEFP.
Isto, explicou, após terem feito a publicação de uma lista de transição “amplamente desajustada com os acordos acertados e desalinhada com os princípios legais do PCCS, o que motivou “protestos dos sindicatos e dos trabalhadores”.
“As informações que temos recebido sobre a data da publicação são desconexas, contraditórias e por vezes enganosas”, disse a mesma fonte, que adiantou que foi informado, esta quarta-feira, pela direcção do IEFP que “o processo terá a aprovação e homologação da Secretária da Modernização Administrativa nesta quinta-feira”.
No entanto, Luís Fortes frisou que “os trabalhadores estão sépticos perante as informações, por vezes desencontradas, e, por falta de resultados concretos, não vão levantar a greve se a lista não for publicada.
Explicou que “da outra vez que fizeram o levantamento da greve tiveram que abrir mão dos retroactivos de 2020”.
A mesma fonte alertou ainda que há outras instituições na mesma situação, caso do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), cuja lista de transição ainda não foi publicada e cujos trabalhadores “estão preparados para partirem para novas formas de luta”.
O líder do Sintap aproveitou, igualmente, para protestar contra a Televisão Pública de Cabo Verde pela recusa em cobrir a conferência de imprensa. Segundo o sindicalista, o delegado da TCV em São Vicente disse que há uma decisão da televisão pública a nível nacional de não dar cobertura aos pré-avisos de greve”.
