Bissau, 13 Jan 21 (ANG) – A Associação de Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) da Guiné-Bissau exortou hoje o governo a tomar todas as medidas necessárias para impedir que a gripe aviaria, que já ataca na República vizinha de Senegal, chegue ao território nacional.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Secretário Geral da ACOBES, Bambo Sanhá disse que a denúncia foi feita através de redes sociais e dos seus técnicos que se encontram no Senegal.
“A Guiné-Bissau tem fronteira com o Senegal e ambos realizam importações de produtos alimentícios nas duas fronteiras. É neste sentido que viemos alertar as autoridades competentes, no sentido de tomarem medidas de controlo para não permitir a entrada de produtos congelados no território nacional sem serem examinados pela equipa da veterinária”, disse Bambo Sanhá.
Acrescentou que a sua Instituição já entrou em contacto com a Direcção Geral de Pecuária, e que foram informados que, através de Organização Mundial de Saúde Animal, a situação não foi oficializada pelo Senegal, a fim de ser publicado no “Site” da referida Organização, como habitualmente tem sido feita, para impossibilitar a sua propagação.
“Espero que as autoridades competentes vão continuar a trabalhar no sentido de apurar a veracidade dos factos através do Senegal, como forma de prevenir os seus cidadãos do consumo de frangos contaminados”, referiu.
Para o Secretário-geral da ACOBES, a Guiné-Bissau precisa construir um matadouro e um laboratório capaz de examinar todos os produtos alimentícios que entram no mercado
, a fim de poderem confirmar se os produtos se encontram em boas condições para consumo humano.
“O governo deve também acionar mecanismos para pôr fim à práticas de abates clandestinos de gados verificados em quase todo o território nacional, porque constituem um grande perigo à Nação. As pessoas que praticam estes actos não têm a noção de que um animal abatido sem ser examinado pela Veterinária pode causar problemas de saúde à muitas pessoas, se o animal é portador de alguma doença perigosa”, sustentou Bambo Sanhá. A