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Golpe de Estado/G7, EUA e UE aumentam pressão sobre a junta birmanesa


  24 Février      28        Politique (25373),

 

Bissau, 24 Fev 21 (ANG) – Os dirigentes do G7, dos Estados Unidos e os chefes da diplomacia europeia condenaram « fortemente » as violências cometidas pelas forças de segurança birmanesas contra os manifestantes, numa altura e que continuam os protestos contra o golpe de Estado militar perpetrado há 3 semanas no Myanmar
Até ao momento, três civis foram abatidos em violências envolvendo militares, nomeadamente um homem que estava a patrulhar na rua no intuito de evitar detenções massivas no seu bairro, em Rangum.

« O uso de munições reais contra pessoas desarmadas é inaceitável », declararam nesta terça-feira os dirigentes do G7 referindo que os militares serão « responsabilizados ». Ao pedir o « pleno acesso humanitário » aos mais vulneráveis, os lideres das 7 maiores potências mundiais reiteraram o seu apelo para a libertação « imediata e incondicional » da líder Aung San Suu Kyi e do presidente birmanês Win Myint, ambos detidos desde o dia 1 de Fevereiro, dia em que a junta militar retomou o poder no Myanmar.

No mesmo sentido e na senda do que já tinha sido anunciado há 10 dias pela administração Biden, os Estados Unidos anunciaram sanções contra dois oficiais superiores do exército birmanês, o general Maung Maung Kyaw, chefe da Força Aérea, e o Tenente General Moe Myint Tun, depois de já ter anunciado sanções contra outras figuras da junta militar. O secretário de Estado americano, Antony Blinken indicou ainda que os Estados Unidos « não hesitariam em tomar novas medidas contra aqueles que cometem violências e reprimem a vontade do povo ».

Esta declaração surgiu numa altura em que a União Europeia também anunciou a sua decisão de aplicar sanções contra os interesses económicos e financeiros dos militares golpistas. « Toda a ajuda financeira directa aos programas de reforma do governo está suspensa » declarou ontem o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Apesar de muitos peritos questionarem a eficácia das sanções contra a junta militar, a comunidade internacional volta a tomar este tipo de medidas.

No caso da União Europeia que aplicou sanções contra o regime militar birmanês entre 1996 e 2012, até se abrir o parêntese do poder civil naquele país, observadores apontam que estas medidas não travaram o comércio e os investimentos de certos países europeus, nomeadamente a França através da petrolífera Total, ao ponto de se tornarem, entre 1995 e 2005, alguns dos principais investidores do país.

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