Luanda, 14 de Novembro (ANGOP) – O Governo angolano assinou nesta quarta-feira (13), em Roma (Itália), cinco acordos com a empresa petrolífera italiana ENI, com destaque para as energias renováveis, saúde e pesquisa de hidrocarbonetos.
Um memorando de entendimento foi igualmente assinado entre o presidente executivo da ENI, Claudio Descalzi, e representantes do Executivo angolano, à margem da visita do Presidente João Lourenço ao Vaticano, Estado encravado no centro de Roma.
No fim do acto, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, confirmou que foram assinados cinco documentos, sendo dois ligados à actividade petrolífera, mais concretamente para a exploração no bloco offshore 1/14, onde opera com 35 por cento, e no bloco Cabinda Centro, ambos na província de Cabinda.
O governante destacou que nesses blocos “há uma componente forte de transferência de tecnologia para a Sonangol ».
As partes assinaram ainda outros acordos fora da actividade de petróleos e gás, sendo um referente a um apoio ao Ministério da Saúde, para a formação de especialistas de saúde e apetrechamento de centros de saúde, e o outro uma parceria entre a Sonangol e a ENI, na área das energias renováveis.
“Assinou-se um contrato de concessão (…) para a construção de uma planta fotovoltaica em Caraculo, na província do Namibe, e assim podermos também dar o nosso contributo à matriz energética nacional”, disse o ministro.
Foi igualmente assinado um acordo entre o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e a ENI para um projecto de desenvolvimento, que irá iniciar na província de Cabinda e proporcionará cerca de seis mil e 500 empregos, através do fomento de pequenos empreendedores em diversas áreas, como a pesca, agricultura e formação técnico-profissional.
Por sua vez, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, salientou que a ENI vai fazer uma doação de cinco milhões de dólares, para, em três anos, formar profissionais do hospital pediátrico David Bernardino, do Hospital Josina Machel, do Hospital Divina Providência, bem como profissionais de Cabinda.