Cidade da Praia, 16 Jul (Inforpress) – A CVTelecom ainda não tem uma previsão para a recuperação dos serviços de voz móvel e SMS, suspensos desde sábado, na sequência de um incêndio que provocou a paralisação de todos os serviços de telecomunicações, revelou a empresa.
Em conferência de imprensa quarta-feira para fazer o ponto da situação, a administradora executiva, Isa Neves, explicou que os técnicos estão no terreno a trabalhar continuadamente, tendo sido já recuperados os serviços de telefone fixo, televisão, serviço de voz voip nacional e as linhas grátis 132 da Polícia Nacional e 131 dos Bombeiros.
“[A recuperação dos serviços de voz móvel e SMS] depende de uma intervenção que é muito delicada, e neste momento nós não conseguimos dizer com certeza quando é que teremos esses dois serviços recuperados”, afirmou.
Avançou que já conseguiram recuperar seis serviços e que os dois que estão em falta dependem das intervenções dos técnicos nacionais e fornecedores internacionais da empresa, sendo que são maquinas e equipamentos muito sensíveis.
“Nós temos consciência que já decorreu um tempo considerável, mas também não depende só de nós”, disse Isa Neves, que assegurou que neste momento a rede de Internet está estável, mas que tem acontecido situações de avaria pontual.
A administradora executiva adiantou ainda que a equipa comercial da CV Telecom está a trabalhar e analisar todas as possibilidades em termos de clientes prejudicados, sendo que existem diferentes situações quer a nível particular quer empresarial.
Questionado sobre um possível caso de “atentado”, Isa Neves respondeu que a investigação está na alçada das autoridades competentes e de momento não dispõe de nenhuma informação.
Na noite de sábado, 11, por volta das 20:00, a Cabo Verde Telecom foi surpreendida por um incêndio nas suas instalações, na cidade da Praia, que provocou a paralisação de todos os serviços da empresa, a nível nacional.
De igual modo, os utilizadores da rede Unitel T+ também foram afectados na mesma noite, por volta das 22:00, altura em que registou uma quebra no serviço de chamadas e Internet a nível nacional, derivado do provedor de serviços desta empresa.
Em conferência de imprensa, na segunda-feira, o presidente do conselho de administração da Cabo Verde Telecom não descartou a hipótese de mão criminosa na origem do incêndio na sala de rectificadores, tendo lembrado que a empresa tem sido alvo de atentados e vários ataques.
João Domingos Correia considerou que os prejuízos “são enormes” e com uma perda de cerca de 60 mil contos só em equipamentos.
AV/CP
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