Luanda, 25 de Abril (ANGOP) – O Ministério da Saúde (MINSA) esclareceu, em comunicado, que nenhuma pessoa testada com o reagente Aria, em Dezembro de 2018, saiu com o resultado falso positivo dos seus serviços, e tranquilizou os cidadãos em relação à segurança dos testes de VIH.
Segundo aquele departamento ministerial, esse reagente de testagem de VIH deu falsos resultados positivos ou duvidosos apenas em dois potenciais doadores de sangue, na província do Cunene, na respectiva data (2018).
A reacção do MINSA surge na sequência da entrevista da directora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Maria Furtado, que afirmou ao « Jornal de Angola » tratar-se de um reagente com resultados deficientes, sem avançar, na altura, o número de pessoas testadas.
A propósito, o MINSA explica que a anomalia foi detectada em tempo útil e imediatamente seguiu-se o protocolo, tendo os referidos potenciais doadores sido re-testados com outro reagente aprovado pelo Estado, com resultados negativos.
Para contornar o problema, refere o Ministério, foram reunidos especialistas da área e tomou-se a decisão de suspender o uso do teste suspeito em todo o território nacional, através de uma Circular da Inspecção Geral da Saúde.
Adianta que os testes rápidos para o diagnóstico de VIH da marca Aria foram adquiridos através de um contrato entre uma empresa executora de uma linha de financiamento estrangeira (não especificada) e o Executivo, em Junho de 2017.
Os mesmos « foram entregues para utilização exclusiva na avaliação de sangue doado, e não eram destinados ao diagnóstico de doentes, nem para mulheres grávidas, ou aconselhamento ».
« Os referidos testes, importados por esta empresa, não faziam e nem fazem parte do protocolo nacional de testagem do VIH, aprovado pelo Ministério da Saúde », precisa a nota.