Cidade da Praia, 15 Jan (Inforpress) – O Ministério do Turismo e Transportes e o Ministério da Administração Interna rubricaram hoje na Praia um protocolo de colaboração institucional que visa simplificar e diminuir a burocracia a volta de cidadãos estrangeiros no país.
O acordo, assinado pelo director-geral do Turismo e Transportes, Francisco Martins, e o director de Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Augusto Teixeira, está inserido no Programa Remote Working Cabo Verde, que visa trazer cidadãos estrangeiros para trabalharem remotamente a partir do arquipélago.
“É um acto muito importante para o início de 2021, depois de um ano extremamente difícil, onde a pandemia da covid-19 deitou por terra todo o fulgor que o turismo e a economia cabo-verdiana vinham experimentado em 2019, com programas que vinham empurrando o país para um nível de desenvolvimento que nos pretendemos”, referiu Francisco Martins.
Segundo o director, num momento em que as viagens estão limitadas devido a pandemia da covid-19, a ideia passa por diversificar não só a nível do território nacional, mas também a nível do mercado emissor.
Explicou que o objectivo é trazer pessoas que queiram conhecer destinos como Cabo Verde, os denominados digitais nómadas que tenham uma boa conexão à internet, mas sobretudo que tenham actividades paralelas e que possam desenvolver e que estejam relacionadas com a cultura, negócios, eventos, desportos náuticos e de várias ordens.
“Queremos que as pessoas nos visitem, a própria lei de emigração nos permite facilitar essa entrada porque existe a figura do visto temporário, que é o que nos queremos que as pessoas usem para puderem permanecer entre seis meses a um ano, sendo que o visto é renovável depois da sua emissão”, apontou.
Avançou que os ministérios dos Negócios Estrangeiros, o da Administração Interna e o do Turismo estão a trabalhar na procura de novos mercados, através de isenção de vistos de entrada para alguns países da União Europeia e países de expressão portuguesa.
Por seu turno, o director de Serviços Estrangeiros e Fronteiras, Augusto Teixeira, explicou que este protocolo vai permitir diminuir toda a burocracia a volta da permanência de estrangeiros no território nacional.
“Estabelecemos um conjunto de requisitos essenciais que irá nos permitir ter o controlo efectivo do remote working em Cabo Verde, juntamente com a Direcção-geral do Turismo, cumprindo a nossa parte, não descurando das medidas legais que se impõem pelo controlo da entrada e permanência de cidadãos estrangeiros no território nacional”, apontou.
Segundo o Governo, o Remote Working surge numa altura pós-pandemia em que o teletrabalho começa a ser uma temática com ênfase e as pessoas estão a dar muita atenção porque, de repente, as pessoas deram conta que é possível trabalhar longe das empresas, ou seja, fora dos espaços ou dos escritórios.
Lançado em Dezembro2020, o Remote Working Cabo Verde é uma campanha que destaca as vantagens de trabalhar a partir do arquipélago, realçando a cobertura da Internet, o clima, a hospitalidade e a morabeza cabo-verdiana.