Bissau, 12 Fev 21 (ANG) – O Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades(MNECC) anunciou quinta-feira que a Representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau e o Ministério Público guineense chegaram a um acordo para o ex-primeiro-ministro, Aristides Gomes se deslocar ao estrangeiro para tratamento médico.
O anunciou foi feito através de um comunicado à imprensa do MNECC á que a ANG teve acesso.
“Aristides Gomes que, por livre vontade, se encontrava albergado na representação das Nações Unidas , por motivos de saúde, deverá deslocar-se ao estrangeiro, com caracter de urgência, assim que a Procuradoria-geral da república o autorizar mediante despacho…”,lê-se no comunicado.
Aristides Gomes se refugiou nas instalações das Nações Unidas desde o ano passado depois da demissão do seu governo, por alegada falta de segurança pessoal.
Em outubro, gerou-se uma polémica, com o procurador-geral da República, Fernando Gomes, a anunciar a existência de dois processos-crime contra Aristides Gomes e o presidente do Tribunal da Relação, Tidjane Djaló, a afirmar que desconhecia quaisquer processos contra o político.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Aristides Gomes é suspeito de crimes de peculato e participação económica em negócio, daí que estava sujeito à obrigatoriedade de permanência no país.