Praia, 22 Out (Inforpress) – O presidente do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Serviços, Agricultura e Afins (SIACSA), disse, que finalmente conseguiram resolver as pendências dos vigilantes privados a nível nacional.
Gilberto Lima, que falava esta quarta-feira em uma conferência de imprensa na Cidade da Praia, realçou que este resultado alcançado foi graças a um “grande esforço” coletivo dos Sindicatos, vigilantes e com a “mãozinha” do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.
“Nós conseguimos dar entrada o Preço Indicativo de Referência (PIR) em vigor, fizemos a alteração do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e também conseguimos pôr a funcionar a portaria de extensão que irá abranger todas as empresas de segurança privada”, revelou.
Segundo o sindicalista, “tudo isto” vai ser publicado na próxima semana, mas o Preço Indicativo de Referência (PIR), vai entrar em “acção” no dia 01 de Maio de 2021, visto que os contratos existentes entre as empresas e as instituições da segurança privada terminam em tempo diferentes.
“As empresas têm de receber para poder pagar, pois, não foi uma negociação ideal dado o tempo em que os vigilantes estão à espera, mas o importante é que começamos a fazer algo, já temos esta parte assinada e agora é só aguardar para a sua implementação efectiva”, explicou.
“Esta luta não é dos sindicatos, mas sim dos vigilantes e os sindicatos apenas apoiam, por isso não há protagonismo nesta luta”, lembrou ainda.
Na mesma conferência de imprensa, Gilberto Lima pediu à ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Lopes, a demissão do Conselho de Administração do Laboratório de Engenharia Civil (LEC), em nome dos trabalhadores.
Segundo disse, os trabalhadores estão numa situação que considera de “anormalidade”, existe “mal-estar” no seio dos funcionários, explicando que tudo isso é por causa do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça dando a razão aos funcionários.
“Fizemos vários encontros com a LEC e os seus advogados, apresentaram algumas listas para adaptar ao Acórdão do Supremo, mas quando houve algumas resistências dos trabalhadores, visto que nem todos estavam contemplados, fizeram uma retificação e apresentaram um `plano b´ com um ajustamento favorável para os trabalhadores, mas nunca enviaram o documento à ministra das Infraestruturas”, explicou.
Conforme o responsável, a administração do LEC não quer resolver os problemas dos funcionários, salientando ainda que a SIACSA já insistiu bastante para que o documento saia do papel e seja uma “realidade nos bolsos dos funcionários”.
Em relação à greve anunciada dos funcionários do saneamento da Câmara Municipal Praia (CMP), o responsável disse que foi suspensa temporariamente, visto que nesse momento a câmara não tem nenhum responsável com poder de decisão, por isso o SIACSA acha que não vale a pena os trabalhadores perderem dias de trabalho sem qualquer resultado prático, mas afirma que a greve será no dia 26 de Outubro.