Cidade da Praia, 26 Set (Inforpress) – O primeiro-ministro defendeu este sábado o reforço da cultura da participação democrática e cívica, imbuído da tolerância pela diferença, preferências religiosas e de filosofias de vida das pessoas e respeito da liberdades, direito, obrigações e responsabilidades de cada um.
“Há 30 anos, a 25 de Setembro de 1992 era aprovada a primeira Constituição da República democrática e liberal em Cabo Verde, que colocou o país numa nova era. Era das liberdades, do respeito pela dignidade humana constitucionalmente garantidos e protegidos”, clarificou Ulisses Correia e Silva, ao presidir a “conversa aberta” entre o ex-presidente da República e jovens estudantes.
O chefe do Governo especificou, nesta celebração dos 30 anos da Constituição da República, que a independência “deu-nos a soberania, o 13 de Janeiro de 1991 a liberdade, a democracia, e a Constituição da República de 1992 a garantia e a protecção de viver numa sociedade livre e democrática com direitos políticos, sociais e económicos protegidos”.
Considerando que a Constituição de 1992 permitiu romper com o regime e o sistema político económicos vigentes até 1990, o chefe do Governo afiançou que celebrar a efeméride permite aos jovens ter uma noção dos conhecimentos marcantes do que mudou e do que existe hoje, de forma a valorizar os ganhos, sobretudo junto de um dos protagonistas da Constituição da República de 1992.
A “estabilidade, a boa governança, os baixos riscos e a paz social” foram apontados por Correia e Silva como ganhos que distinguem Cabo Verde no conceito das Nações, tendo alertado à juventude a valorizar, cada vez mais, estes activos e valores, de que dependem essencialmente, da capacidade humana, instituições com impacto no respeito e credibilidade do País.
O chefe do Governo alertou ainda para situações que demonstrem ataque e ameaças às democracias, designadamente o “populismo, extremismo, a manipulação do nacionalismo e do patriotismo, o instar do ódio e a intolerância, a provocação do órgão social contra políticos e partidos políticos”.
Referiu que estes fenómenos são normalmente, potenciados e que aumentam de intensidades em períodos de crises, salientando que a história está cheia destes exemplos e que nenhum país está isento a estes fenómenos.