Mindelo, 22 Dez (Inforpress) – A coordenadora da Campanha de Sensibilização para o Consumos dos Produtos Locais, desenvolvida pela Associação dos Amigos da Natureza, disse hoje que a campanha destaca o peso dos sectores primários para a resiliência à crise da covid-19.
Cristina Moreira falava na sede da Associação dos Amigos da Natureza, em São Vicente, durante a apresentação da referida campanha, que vai decorrer até ao mês de Janeiro com a divulgação de dois spots vídeos e um áudio, cujo objectivo é sensibilizar os consumidores para a preferência aos produtos nacionais.
“Esta campanha incide sobretudo em mostrar a importância dos sectores primários para a resiliência da população frente a crises, nomeadamente esta crise que estamos a viver ainda. Portanto, mantém-se esta importância de ressaltar o valor dos sectores primários na economia, na vida dos cidadãos e de cada um de nós”, frisou a mesma fonte.
É que, segundo a coordenadora, apesar do estado de emergência que foi declarado e das restrições que ainda se vivem em Cabo Verde, por causa da pandemia da covid-19, os produtores locais não pararam as suas actividades.
“Rapidamente encontraram soluções para manter as suas actividades e adaptaram-se às novas regras em vigor, introduzindo todos os cuidados na manipulação dos alimentos e nas entregas”, concretizou a mesma fonte, tendo os mesmos conseguido, prosseguiu, continuar a abastecer os mercados urbanos e os programas de apoio à assistência alimentar.
Além do destaque para os sectores primários, adiantou Cristina Moreira, a campanha também pretende destacar o impacto das escolhas dos cidadãos no seu consumo, isto, sustentou, com a finalidade de reconstruir as economias locais frente à crise da covid-19.
Por sua vez, o presidente da Associação dos Amigos da Natureza, entidade que desenvolve a campanha em parceria com o Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional (CERAI), defendeu que o projecto vai ao encontro dos objectivos de reforçar a retoma da economia do País, através do consumo local.
“Cabo Verde tem uma população enorme que depende da actividade agrícola e é importante que se valorize esta actividade para que o País e essas pessoas tenham resiliência”, sustentou Aguinaldo David.
Este projecto é desenvolvido no âmbito do Projecto Aliança para o Direito Humano à Alimentação Adequada e Iniciativas de Empoderamento de Jovens e Mulheres Rurais e conta com financiamento da União Europeia, através do Programa para Organizações da Sociedade Civil.
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