Porto Inglês, 08 Abr (Inforpress) – A parteira Francisca Neves afirmou que se dedicou a esta prática com “espírito de missão” para ajudar as mulheres a dar à luz e que relembra esta prática com sentimento misto de “orgulho e nostalgia”.
Em conversa com a Inforpress, no Dia Mundial da Saúde, Francisca Neves assegurou que iniciou esta prática “por curiosidade” e ainda jovem, juntamente com duas das parteiras que eram sua referência na altura, visto que ajudavam muitas mulheres no momento de nascimento dos seus bebes, principalmente na localidade de Morrinho.
Francisca Neves disse que esta prática exige “muita coragem”, mas acima de tudo “muita responsabilidade”, porque, conforme adiantou, a sua atitude ajuda não só no momento do parto, como também no aconselhamento das mães sobre os cuidados que devem acautelar durante o período em que as crianças precisam de maior atenção.
A nossa entrevistada disse sentir-se orgulhosa por ter prestado esta missão, numa altura em que na ilha havia pouco meios de transporte para socorrer as mulheres no momento do parto, e afiançou que já acompanhou algumas mães quando era necessário a intervenção dos enfermeiros, para que o parto decorresse da melhor forma.
Francisca Neves afiançou que recebeu “alguma formação” no sentido de prestar “melhor serviço” às mães no momento do parto, lembrando que na altura utilizavam muito o “azeite de purga” com pano preto, produto que considerou “muito importante” na altura.
A entrevistada da Inforpress disse, por fim, que a sua melhor recompensa na altura era conseguir realizar um parto de forma tranquila, que o bebé nascesse normal e que se desenvolvesse de forma saudável, pois o espírito foi sempre de missão.
