APS SENEGAL-AFRIQUE-DEVELOPPEMENT / L’UA tire le bilan de la première décennie d’exécution de son Agenda 2063 APS SÉNÉGAL/SPORTS/LUTTE / Drapeau du Chef de l’État : une 24ème édition sous le signe de la culture MAP Tanger: Ouverture du Congrès des 70 femmes d’expertise d’Afrique MAP Air Côte d’Ivoire inaugure mardi prochain sa liaison directe entre Casablanca et Abidjan APS SENEGAL-COTEDIVOIRE-COOPERATION / Abidjan et Dakar en ”convergence totale” de vues, assure Alassane Ouattara APS SENEGAL-AFRIQUE-DIPLOMATIE / Bassirou Diomaye Faye évoque le rôle moteur du Sénégal et de la Côte d’Ivoire dans l’intégration régionale APS SENEGAL-ENVIRONNEMENT-ECONOMIE / Code des marchés publics : des gestionnaires du ministère de l’Environnement formés sur les nouvelles dispositions MAP L’exposition « Bamako Dreams 30 », une riche mosaïque de la créativité contemporaine africaine APS SENEGAL-MIGRATION-DIVERS / Saint-Louis : une pirogue transportant 67 candidats à l’émigration irrégulière interpellée (Marine nationale) MAP Le financement climatique ne doit pas aggraver la dette des pays africains (rencontre)

Moçambique/ “Intervenção internacional é inevitável para recuperar palma” diz consultora


  31 Mars      55        Economie (21080),

 

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) – A consultora NKC African Economics considerou hoje que uma intervenção internacional é inevitável no norte de Moçambique e salientou que o ataque da semana passada « foi estratégico » porque impede os trabalhos no megaprojecto de gás.

« O ataque a Palma foi um ataque estratégico, tendo em conta a proximidade com as operações da Total, e o ‘timing’ pode ter tido a ver com a decisão de recomeçar os trabalhos », escreveu o analista Zaynab Mohamed numa nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

No comentário à violência que se vive na região, Zaynab Mohamed acrescentou que « vai ser necessária uma intervenção internacional para recuperar o controlo e atingir a estabilidade na região », já que a única estrada que pode levar mantimentos até à zona do megaprojeto de transformação do gás é controlada pelos terroristas.

« Devido à falta de desenvolvimento na área, só há uma estrada pavimentada para Palma, que alegadamente está sob o controlo dos insurgentes há várias semanas; se os militantes conseguirem manter o controlo de Palma também, isso tornará praticamente impossível que os trabalhadores do projecto tenham acesso a mantimentos via terra », escreveu o analista.

Para Zaynab Mohamed, « a crise de segurança em Cabo Delgado está a tornar-se mais séria, porque os grupos armados presentes na região, apesar de estarem visíveis desde 2017, estão agora claramente mais preparados e mais coordenados, o que sugere que estão a receber apoio externo ».

Os equipamentos militares comprados pelo Governo moçambicano, considerou, não vão conseguir resolver o problema e por isso é preciso uma intervenção internacional.

« Quanto mais tempo demorar para ganhar terreno aos insurgentes, mais difícil será recuperar o controlo da área e recomeçar o trabalho no projecto de gás », concluiu o analista.

O projecto Mozambique LNG consiste na exploração de gás ao largo da costa no campo Golfinho-Atum, na Área 1 da bacia do Rovuma, bem como a construção de uma central em terra.

A petrolífera francesa Total é a maior detentora do projecto, com 26,5%, seguida da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 16,5%, e mais cinco entidades multinacionais, com participações menores.

O projecto deverá começar a exportar gás em 2024, ano em que é previsível que as receitas do país subam exponencialmente, financiando os investimentos para o desenvolvimento económico de Moçambique.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas acções já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona. ANG/Angop

Dans la même catégorie