MAP Rwanda: le volume des investissements dépasse 2,4 milliards de dollars en 2023 MAP Match USMA-RSB: la CAF rejette l’Appel interjeté par le club algérois et confirme les décisions de la commission des clubs (FRMF) MAP Madagascar: Plaidoyer pour la création d’un réseau de transport public écologique à Antananarivo MAP Abidjan: le RIARC et le REFRAM signent une déclaration sur le renforcement du dialogue avec les plateformes numériques globales APS SENEGAL-SOCIETE / Santé oculaire : des stratégies et orientations prioritaires en cours d’identification APS SENEGAL-AFRIQUE-FRANCE-CINEMA / Festival de Cannes : ‘’Camp de Thiaroye’’ retenu dans la sélection ‘’Cannes classics’’ APS MONDE-SENEGAL-MEDIAS / Les journalistes invités à utiliser l’intelligence artificielle avec une approche critique APS SENEGAL-GOUVERNANCE / La protection des lanceurs d’alerte et la loi sur l’accès à l’information, gages de bonne gouvernance (société civile) APS SENEGAL-TRANSPORT-REACTIONS / Les facteurs humains responsables de 90% des accidents de la route (ministre) AIP Le PNUD réaffirme son soutien aux initiatives du ministère de l’Enseignement supérieur et de la Recherche scientifique

Moçambique/ “Intervenção internacional é inevitável para recuperar palma” diz consultora


  31 Mars      55        Economie (21003),

 

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) – A consultora NKC African Economics considerou hoje que uma intervenção internacional é inevitável no norte de Moçambique e salientou que o ataque da semana passada « foi estratégico » porque impede os trabalhos no megaprojecto de gás.

« O ataque a Palma foi um ataque estratégico, tendo em conta a proximidade com as operações da Total, e o ‘timing’ pode ter tido a ver com a decisão de recomeçar os trabalhos », escreveu o analista Zaynab Mohamed numa nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

No comentário à violência que se vive na região, Zaynab Mohamed acrescentou que « vai ser necessária uma intervenção internacional para recuperar o controlo e atingir a estabilidade na região », já que a única estrada que pode levar mantimentos até à zona do megaprojeto de transformação do gás é controlada pelos terroristas.

« Devido à falta de desenvolvimento na área, só há uma estrada pavimentada para Palma, que alegadamente está sob o controlo dos insurgentes há várias semanas; se os militantes conseguirem manter o controlo de Palma também, isso tornará praticamente impossível que os trabalhadores do projecto tenham acesso a mantimentos via terra », escreveu o analista.

Para Zaynab Mohamed, « a crise de segurança em Cabo Delgado está a tornar-se mais séria, porque os grupos armados presentes na região, apesar de estarem visíveis desde 2017, estão agora claramente mais preparados e mais coordenados, o que sugere que estão a receber apoio externo ».

Os equipamentos militares comprados pelo Governo moçambicano, considerou, não vão conseguir resolver o problema e por isso é preciso uma intervenção internacional.

« Quanto mais tempo demorar para ganhar terreno aos insurgentes, mais difícil será recuperar o controlo da área e recomeçar o trabalho no projecto de gás », concluiu o analista.

O projecto Mozambique LNG consiste na exploração de gás ao largo da costa no campo Golfinho-Atum, na Área 1 da bacia do Rovuma, bem como a construção de uma central em terra.

A petrolífera francesa Total é a maior detentora do projecto, com 26,5%, seguida da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 16,5%, e mais cinco entidades multinacionais, com participações menores.

O projecto deverá começar a exportar gás em 2024, ano em que é previsível que as receitas do país subam exponencialmente, financiando os investimentos para o desenvolvimento económico de Moçambique.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas acções já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona. ANG/Angop

Dans la même catégorie