Cidade da Praia, 19 Jun (Inforpress) – O primeiro-ministro recordou hoje o bispo Dom Paulino como um homem que sempre se pautou pela defesa da dignidade da pessoa humana e disse que o Governo vai pensar numa forma de perenizar a sua figura.
Em declarações aos jornalistas à entrada da Pró-catedral de Nossa Senhora da Graça para participar na cerimónia fúnebre daquele que foi o primeiro bispo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva falou de Dom Paulino Évora como “um grande homem” e um “grande representante” da Igreja Católica.
“Ele foi um homem que sempre se pautou pela defesa da dignidade da pessoa humana. Esteve muito ligado a tudo que é vida social de Cabo Verde, para além da sua missão religiosa e vai seguramente deixar saudades”, disse.
O chefe do Governo manifestou o seu sentimento de pesar à família, mas também à igreja e à Diocese de Santiago e enalteceu a grande homenagem que o povo de Cabo Verde está a fazer a esse “grande homem” e prometeu que o Governo vai pensar na forma de perenizar a figura daquele que foi o primeiro bispo de Cabo Verde.
“O facto de estarmos nessa missa de corpo presente com toda esta participação representa muito, representa a melhor homenagem que Dom Paulino gostaria seguramente de ter. Em termos institucionais, depois vamos pensar como perenizar a figura dele aqui em Cabo Verde”, prometeu.
Ulisses Correia e Silva está na cerimónia acompanhado do ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, da secretária de Estado Adjunta para a Modernização Administrativa, Edna Oliveira, e do secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado, Carlos Monteiro.
Uma grande multidão deslocou-se à Pró-catedral de Nossa Senhora da Graça, na Cidade da Praia para render a última homenagem a Dom Paulino, numa cerimónia que conta com a participação do Presidente da República em substituição, Jorge Santos, da Primeira-Dama e outras autoridades do país.
Presente nas exéquias estão também o arcebispo de Dakar, o bispo de Mindelo, o bispo de Bafatá e parte dos sacerdotes vindos de todas as paróquias da diocese.
Os restos mortais do bispo emérito Dom Paulino Évora, falecido domingo, 16, na Cidade da Praia, vão ser sepultados na igreja Nossa Senhora da Graça, conforme rege o Código de Direito Canónico no seu canone 1242, que diz que “nas igrejas não se sepultam cadáveres, a não ser que se trate do Romano Pontífice, dos Cardeais ou dos Bispos diocesanos, mesmo eméritos, que devem ser sepultados na igreja própria”.
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