Cidade da Praia, 08 Dez (Inforpress) – A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, reiterou esta quarta-feira, a vontade política do Governo de Cabo Verde em erradicar a pobreza extrema até 2026, contando com o apoio de todos os parceiros de desenvolvimento.
A governante falava à imprensa, no âmbito do Comité de Pilotagem das Nações Unidas realizado pelo Governo e as Nações Unidas, que teve por objectivo principal apresentar os principais resultados da implementação do Plano de Trabalho Conjunto referente ao ano de 2022, que serviu igualmente para discutir as novas parcerias.
Reconheceu o contributo que o Sistema das Nações Unidas tem dado a Cabo Verde desde os primórdios da Independência considerando “bastante salutar”, uma vez que, fundamentou, souberam dar o apoio para a formulação de políticas para o desenvolvimento.
Quando confrontado em relação à meta estabelecida pelo País em eliminar a pobreza extrema no horizonte 2026 considerou ser factível, tendo justificado que nada é impossível uma vez que há vontade política do Governo neste sentido.
“É factível, nada é impossível que seja feito e há uma vontade política do Governo em erradicar a pobreza extrema até 2026 e contamos não apenas com as Nações Unidas, mas também com todos os parceiros de desenvolvimento”, salientou.
Miryan Vieira fez um balanço positivo no quadro da cooperação Cabo Verde/ Nações Unidas que termina em finais desde mês, que diz ser reconhecido tanto pelo Governo como por este organismo internacional, e os parceiros de desenvolvimento que têm estado a apoiar os programas implementados pelas Nações Unidas.
Destacou o reforço do capital humano que continua a ser uma das áreas prioritárias para o próximo quadro, cuja implementação se inicia em Janeiro, da mesma forma que ressaltou acções delineadas como forma de se criar estruturas que possam permitir ao país ter um desenvolvimento sustentável, sobretudo na componente ambiental.
“Dizer também que as Nações Unidas têm sido um parceiro que tem permitido ajudar Cabo Verde a reduzir as vulnerabilidades enquanto um pequeno Estado insular em desenvolvimento traçando políticas que visam reforçar o crescimento económico, e permitindo ainda a concretização de plataformas de concertação entre os pequenos estados insulares em desenvolvimento.
Porque, lembrou, Cabo Verde enquanto ‘cities’ vem sofrendo diferentes impactos advenientes das mudanças climáticas, daí realçar que as Nações Unidas souberam ajudar e traçar com o Governo acções que visam mitigar os impactos dos efeitos das alterações climáticas.
Segundo os últimos dados do Inquérito Multiobjectivo Contínuo do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de pobreza em Cabo Verde, aumentou de 26% a 31% com a pandemia da covid-19, entretanto, o Governo tem assegurado que as medidas políticas implementadas que serão reforçadas em 2023 vão permitir eliminar a pobreza extrema e reduzir a pobreza absoluta no arquipélago.