Espargos, Sal, 26 Jul (Inforpress) – O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV), Arlindo Carvalho, reconheceu este sábado o desempenho da estrutura local da instituição e prometeu investir para mudar a realidade das condições de trabalho da representação local.
“Quanto à Cruz Vermelha, reconhecemos que, embora a instituição tenha uma participação muito activa na ilha e com projectos interessantes, precisamos investir na melhoria das condições do funcionamento do conselho local, na criação de condições para funcionamento dos projectos, mas acima de tudo inovar”, disse o responsável, após uma visita às estruturas da instituição na ilha do Sal.
Arlindo Carvalho fez essa observação à Inforpress, quando convidado a fazer um balanço da visita que efectuou à ilha para se inteirar da situação de trabalho dos seus colaboradores e manter encontros com instituições parceiras.
Quanto ao trabalho para melhorar as condições das instalações dos seus colaboradores, o presidente da CVCV afirmou que a câmara municipal se mostrou disponível em ajudar a instituição a encontrar uma solução para a construção de uma sede local que irá albergar a sucursal da escola nacional de socorrismo e cuidados.
Durante a visita efectuada, Arlindo Carvalho adiantou constatar que a ilha, face ao contexto da covid-19, ficou “profundamente prejudicada”, avançando que “esta situação criou questões inquietantes”, que têm a ver com a vida das pessoas e instituições em matéria de trabalho e de esforços para funcionamento das mesmas visando a normalidade das coisas.
“Deparei com uma realidade nua e crua das pessoas, sobretudo, das mais fragilizadas que se confrontam com problemas sérios a nível habitacional, alimentação e saúde”, afirmou, apontando a existência de pessoas que necessitam de “atenção particular”, nomeadamente, os deficientes e crianças que deambulam pelas ruas da ilha.
Apesar destas constatações, o presidente da CVCV disse ter notado uma “determinação forte” por parte das instituições da ilha, como a câmara municipal, o sector da educação e da saúde, com planos e estratégias para debelar as situações existentes.
“Isso me dá um certo conforto, já que existem soluções para os problemas. Nessa questão, a CVCV agradece e disponibiliza-se para fazer parte das respostas”, declarou, salientando, por outro lado, ter tido “bons encontros” com os parceiros da ilha e de quem ficou com a ideia da existência, generalizada, de um entendimento para se construir “uma boa plataforma social”.
A CVCV, segundo disse, trabalhou também com as Forças Armadas e a Polícia Nacional sobre a questão dos direitos humanos, sobretudo, em relação às parcerias a serem feito para ajudar as pessoas a perceberem mais sobre a Constituição da República, do modelo de Estado do Direito Democrático, ma também sobre a responsabilidade da CVCV em relação aos tratados internacionais.
Por tudo isso, fez um balanço da visita de trabalho à ilha do Sal “fracamente positivo”, tendo ainda anunciado um plano da CVCV para o pós-pandemia, com a instituição a exercer o seu estatuto de advogado das boas causas junto das autoridades e parceiras no sentido de resolverem os problemas que se colocam no pós-Covid.
Para finalizar, Arlindo Carvalho reiterou o apelo às pessoas a aderirem à campanha de vacinação por ser este um instrumento importante no combate a Covid-19.