Santa Maria, 28 Mar (Inforpress) – O Presidente da República disse hoje que, não obstante o mundo viver um “sem número de inquietações,” o mercado turístico está em “expansão permanente”, pelo que é fundamental que se olhe para o sector com “particular atenção”.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, o turismo, enquanto sector que incorpora um “imenso potencial” e dada a sua interligação com várias áreas da economia, pode constituir-se num “factor catalisador do processo de desenvolvimento”.
O Chefe de Estado cabo-verdiano fez essas considerações na cerimónia de abertura da Primeira Conferência Internacional sobre o Turismo e Transporte Aéreo em África, que está a decorrer na cidade turística de Santa Maria, ilha do Sal.
“Em Cabo Verde, as autoridades assumem claramente que as actividades turísticas constituem-se na principal alavanca da economia”, afirmou Jorge Carlos Fonseca, para quem as oportunidades que o turismo oferece implicam “uma valoração das riquezas e belezas naturais” do continente africano.
De acordo com Jorge Carlos Fonseca, a África representa apenas um por centro do mercado aéreo mundial e, por isso, é necessário “inverter a actual situação”.
Para o Presidente, o “défice e a qualidade” das infra-estruturas aeroportuárias e as fragilidades do sistema organizacional são factores que podem explicar por que razão em África a ocorrência de acidentes aéreos é 12 vezes superior ao verificado na América do Norte e na Europa.
“Isso é um obstáculo muito sério à realização do objectivo de fazer do continente africano o destino turístico, por excelência, de primeira escolha para povos de outros continentes”, indicou o mais alto magistrado da nação, referindo-se às precárias condições no mundo de aviação civil em África.
Na sua perspectiva, a melhoria das infra-estruturas aeroportuárias é uma necessidade que se impõe aos africanos, pelo “imperativo de desenvolvimento e, particularmente, o da redução da pobreza pela via da criação do emprego”.
Lembrou que em África, 20 por cento do emprego com origem no turismo é suportado pelos visitantes que chegam pela via aérea.
“Isso é um dado relevante que desperta a nossa atenção pelo impacto do transporte aéreo não só na promoção do sector do turismo, enquanto actividade económica, mas também na criação do emprego e da consequente melhoria do nível de vida das pessoas”, precisou o Chefe de Estado.