Cidade da Praia, 23 Jul (Inforpress) – O problema de abastecimento de água à comunidade de Cabeça Fundão, situado a sope do vulcão e a uma altitude de 1500 metros, é mais uma questão de politiquice, admitiu hoje o autarca de Santa Catarina.
O autarca Alberto Nunes, abordado pela Inforpress sobre a reivindicação da população através das redes sociais da escassez de água para consumo humano e para os animais na comunidade de Cabeça Fundão, disse que a situação tem a ver com politiquice, justificando que qualquer comunidade conhece as entidades que resolvem os seus problemas e devem comunicar directamente em vez de recorrerem às redes sociais.
Segundo o mesmo, as pessoas não devem deixar água terminar para depois reivindicar, defendendo que as mesmas devem comunicar antecipadamente porque, explica a Câmara Municipal de Santa Catarina do Fogo não dispõe de camião cisterna e para abastecer esta localidade recorre à empresa Águabrava ou a Câmara Municipal de São Filipe, que muitas vezes não estão disponíveis para disponibilizar o camião cisterna.
O autarca indica que o transporte de dez toneladas de água através de camião cisterna custa à autarquia 19 mil escudos, mas a água é vendida a um valor inferior à metade, nove mil escudos, sublinhando que mesmo assim o valor arrecadado com a venda de água não é transferido à câmara que, no dizer do mesmo, “não tem nenhum dever de disponibilizar água gratuita às pessoas”.
Alberto Nunes indicou que de momento o problema está resolvido com a colocação de 20 toneladas de água na comunidade, sendo dez toneladas na zona baixa de Cabeça Fundão e igual quantidade na zona cima da mesma localidade, indicando que “se não pagar água a câmara não tem como reabastecer a população”.
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