Lusaka, 22 de Novembro (ANGOP) – O Estado e povo de Angola são eternamente gratos pelo apoio prestado pela Zâmbia em todo o processo que culminou com a assinatura do Protocolo de Paz de Lusaka, entre o Governo e a UNITA, declarou o embaixador angolano naquele país.
Azevedo Francisco expressou este sentimento, nesta quinta-feira (21), durante uma audiência que lhe foi concedida, a propósito do 25º aniversário do Protocolo de Luzaka, assinalado a 20 deste mês, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros zambiano, Joseph Malanji.
“Embora a sua implementação tenha sido sofrível, as negociações de Lusaka se constituíram numa das principais referências para os entendimentos de Luena em 2002”, disse o diplomata.
Por isso, o embaixador agradeceu o acolhimento e toda a paciência que os zambianos tiveram em apoiar um processo negocial bastante longo e complexo.
Por seu lado, o chefe da diplomacia zambiana, Joseph Malanji, agradeceu o gesto de Angola e lembrou que, enquanto países vizinhos e partilhando a mesma fronteira e culturas, a Zâmbia apenas cumpriu o seu papel.
Realçou que o seu país, ao longo da sua trajectória histórica, sempre apoiou os esforços de emancipação política dos povos africanos, com realce para a luta contra a opressão colonial, pelo que, disse o governante, “a Zâmbia se orgulha de ter podido ajudar um país irmão”.
O Protocolo de Paz de Lusaka foi assinado a 20 de Novembro de 1994, na capital da Zâmbia, depois de vários anos de complexas negociações entre o Governo de Angola e a UNITA.
Rubricaram o documento, pelo Governo, o então ministro das Relações Exteriores, Venâncio de Moura e pela UNITA, o seu secretário-geral, na época, Eugénio Manovakola.
O desrespeito aos acordos viriam a desembocar numa nova escalada de violência, que viria a terminar em 04 de Abril de 2002, com a assinatura do Protocolo de Luena, que, definitivamente, deu por findo o conflito armado angolano.
Por ocasião da data, a Missão Diplomática de Angola na Zâmbia organizou uma cerimonia de confraternização com figuras que, do lado zambiano, testemunharam a deram o seu contribuído no processo de negociações.