Cidade da Praia, 09 Fev (Inforpress) – Cabo Verde já implementou até o momento com cerca de 85 % das recomendações feitas ao país pelos experts no domínio do paludismo, disse o coordenador do Programa Nacional de Luta contra Doenças de Transmissão Vetorial (PNLDTV).
“Estamos a seguir os levantamentos feitos e, neste momento, cerca de 85 % dos levantamentos estão a ser implementados. No ano passado fizemos a formação dos experts na área de laboratório, trabalhamos os manuais padronizados, o manual de diagnóstico, o manual de controle e qualidade, e o guia de gestão de casos”, afirmou à imprensa António Moreira, a margem da cerimónia de abertura de capacitação dos profissionais de saúde na vigilância do paludismo no contexto da eliminação.
Segundo António Moreira, para além dos documentos elaborados e validados, Cabo Verde tem cumprido com a realização de uma série de formações descentralizadas por regiões, incluindo para privados, que, segundo disse, são importantes no diagnóstico de casos.
Apontou ainda a realização de formação no domínio diagnóstico e controlo de qualidade do paludismo a nível nacional, formação do pessoal de saúde da região norte, no total de 28 participantes, avançando, por outro lado, que, neste momento, as equipas dos experts estão a fazer a supervisão das recomendações deixadas.
“Neste momento temos a decorrer a segunda fase de formação com delegados saúde da região santaria de Santiago Sul e da ilha do Maio. Se tudo correr bem estaremos na ilha do Fogo, de 12 a 15, replicando a formação para o pessoal da região Fogo/Brava”, frisou.
Com estas acções de socialização dos documentos e de formação dos actores principais da vigilância epidemiológica no País, sobre o conceito de vigilância do paludismo e os respetivos POP, Cabo Verde, segundo António Moreira, estará a concluir e a cumprir com as recomendadas a nível de actualização e capacitação de médicos e enfermeiros, na gestão de casos de paludismo.
Conforme o coordenador do Programa Nacional de Luta contra Doenças de Transmissão Vetorial este é o caminho para a certificação do País como “livre do paludismo”.
Cabo Verde, segundo António Moreira, não tem registado casos locais há mais de cinco anos, mas tem sido confrontado com caos importados, tendo no ano 2021 contabilizado um total de 26 casos e este ano quatro casos.
Apesar de estra a trabalhar para receber o certificado Cabo Verde é um país “altamente vulnerável” ao paludismo, porque possui presença do vector do paludismo, que é o mosquito Anopheles Gambiae, e pessoas a circularem para as zonas endémicas de paludismo