Os operadores turísticos no Porto Novo, Santo Antão, já começaram a sentir o “impacto negativo” do Covid-19 no turismo no concelho e receiam ter que despedir trabalhadores, caso a situação se mantenha por algum tempo.
Jacques Zurcher, dono da residencial Quinta de Coxete, em Ribeira das Patas, interior do município, enaltece as “boas medidas” tomadas pelas autoridades cabo-verdianas na prevenção do novo coronovírus, mas fala em “grande problema” para o turismo, nos próximos três a seis meses.
As instalações turísticas no concelho estão, praticamente, vazias, segundo os operadores, que têm esperança em que se consiga fazer frente à pandemia, para que o turismo em Santo Antão retome a normalidade.
Ivánia Monteiro, proprietária da residencial Autêntico, na cidade do Porto Novo, explicou que o impacto das medidas restritivas, tomadas pelo Governo, estão já a ter “um grande impacto no turismo” local, esperando que a “situação seja temporária”, para não ter que despedir os empregados.
“A situação é complicada. Esperamos que as coisas sejam temporárias, porque, caso contrário, seremos obrigados a mandar o pessoal para casa”, notou esta operadora turística.
Os primeiros três meses da época alta do turismo em Santo Antão, iniciada em Outubro, foram marcados pela visita, diariamente, de grupos de turistas, provenientes, sobretudo, do Norte da Europa.
Para os operadores, a temporada alta do turismo em Santo Antão, que deveria decorrer até Maio, está, assim, terminada, estando, nesta altura, os estabelecimentos turísticos, praticamente, vazios, com cancelamentos de reservas.
Os operadores económicos estiverem, hoje, reunidos, na cidade do Porto Novo, com os responsáveis de saúde no concelho para discutir as orientações do Governo em relação aos estabelecimentos turísticos e comerciais.