Nova Sintra, 24 Out (Inforpress) – A presidente do Conselho Local da Cruz Vermelha na Brava, Sónia Coelho, manifestou este sábado total abertura em colaborar com outras instituições para trabalharem juntos na problemática das mudanças climáticas e das medidas de adaptação.
Sónia Coelho demonstrou esta disponibilidade em entrevista à Inforpress, após uma palestra sobre o “Impacto das mudanças climáticas sobre a agricultura e medidas de adaptação”, realizada hoje na sede da Cruz Vermelha, na Brava, como forma de assinalar o Dia Nacional do Voluntário da Cruz Vermelha de Cabo Verde, assinalado a 20 de Outubro, sob o signo das Alterações Climáticas.
Segundo a mesma fonte, este ano as orientações são que todas as actividades organizadas para assinalar o dia fossem relacionadas com as mudanças climáticas e a saúde, tendo em conta que o lema deste ano é “As alterações climáticas e o papel do voluntário na sua mitigação e impacto nas pessoas e comunidades”.
Sónia Coelho explicou que, embora o dia nacional do voluntário da Cruz Vermelha seja o dia 20 de Outubro, as actividades comemorativas podem ser realizadas até ao final do mês e hoje foi realizada esta palestra juntamente dos voluntários, mas também ficou agendado uma campanha de limpeza junto de uma instituição de ensino para o próximo sábado, 29, e ainda uma conversa aberta sobre a Saúde Mental.
Sobre o tema apresentado hoje, a dirigente ressaltou que é uma questão “muito pertinente” tendo em conta os diversos fenómenos que a sociedade tem vindo a viver, exemplificando com a escassez da chuva e os consecutivos maus anos agrícolas, embora, realçou, este ano a situação seja um pouco diferente nesta área.
Tendo em conta as informações partilhadas pelo técnico agrícola que falou do tema, Sónia Coelho demonstrou total disponibilidade desta instituição humanitária em colaborar com as entidades que trabalham ligadas a esta problemática, onde segundo sugeriu, podem organizar actividades e os voluntários locais vão trabalhar nas campanhas de sensibilização e na passagem de mensagens de como cada um pode contribuir para a protecção da camada de Ozono, mas também como evitar as causas das mudanças climáticas.
“Somos uma instituição que trabalha com outras instituições e estas podem organizar actividades e nós vamos colaborar e apoiar nesta missão”, disse a dirigente local.
Já Anildo Andrade, técnico agrícola do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) e também voluntário da Cruz Vermelha, pediu a cada um dos presentes para fazerem uma réplica daquilo que apresentou no sentido de alertar a sociedade sobre as mudanças climáticas e as consequências que estas estão a ter na vida dos seres humanos.
Conforme reforçou, a situação é visível dia após dia e as consequências estão a ser sofridas por todo o planeta.
“Todos nós devemos parar um pouco e reflectir sobre o futuro, tendo em conta o que estamos a viver devido às mudanças climáticas”, realçou, convidando a todos os presentes a fazerem algo para minimizar as causas das mudanças climáticas e a pensar nas medidas de adaptação para enfrentar esta situação.