Cidade da Praia, 04Nov (Inforpress) – A direcção da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul garante ter tudo praticamente a postos para a realização de “mais uma época sem sobressaltos”, envolvendo milhares de atletas em representação dos mais diversos escalões de futebol masculino/feminino.
À Inforpress, o presidente da ARFSS disse que o regional de Santiago Sul, inaugurado semana passada com a vitória dos Travadores ante o Sporting, na final das Supertaça, tem o seu arranque esta quinta-feira com o jogo inaugural entre Travadores e Benfica da Praia e que o Estádio da Várzea continua a ser o palco da competição do escalão principal.
Mário Donnay Avelino disse que 22 jornadas vão ser disputadas no regional da primeira divisão e 18 no segundo escalão, e que no escalão secundário a prova começa duas jornadas mais tarde, de forma com que os dois campeonatos terminem praticamente à mesma altura.
Salvo constrangimento de última hora, por dificuldades inerentes da inscrição de uma ou outra equipa, sintetizou, tudo caminha para mais uma época sem grandes sobressaltos, envolvendo um número significativo de desportistas.
Considerando que Santiago Sul pontifica-se como a maior região desportiva de Cabo Verde, dado ao volume das equipas e dos jogos, Mário Avelino disse que a competitividade ali é grande, alegando que tradicionalmente quatro/cinco equipas lutam pelo título e que grande parte labutam contra a despromoção.
Para além da Supertaça, Taça Praia, Regional masculino e feminino, sub-17, tanto em masculino como em feminino, campeonato de veteranos de entre outras como provas do escalão de formação, a organização, de acordo com o seu líder, está ainda engajada na realização, este ano, da Superliga de Santiago.
Esta nova competição, avançou, foi projectada para ser disputada entre os segundo, terceiro e quarto lugares das regiões desportivas de Santiago Norte e Sul, paralelamente ao Campeonato de Cabo Verde.
“Trata-se de um projecto estruturado há algum tempo, e que tem sido adiado por razões de ordem financeira, mas pensamos que desta vez irá avançar, para o cabal desenvolvimento do futebol nestas duas regiões desportivas”, aclarou Mário Avelino.
Apesar deste optimismo, o líder associativo reclama da falta de infraestruturas desportivas condignas para prática de futebol na Cidade da Praia, alegando que de todos os relvados existentes, apenas a Várzea e o Campo de Sucupira, em Achada de Santo António, estão à altura de acolher jogos, ainda que a infraestrutura do bairro mais populoso do país carece de vestiários e balneários para a prática sadia da competição.
De resto, queixou da falta de obras nas Várzea, de modo que grande parte das bancadas estão privadas de acesso ao público por deixarem de oferecer segurança aos espectadores.
Lamentou, por outro lado, que o Campo da Calabaceira, o único de todos a infraestrutura desportiva relvada da capital, com dimensão regular para a prática de futebol federado, ainda que sem balneários e vestiários, deixou de receber jogos de competição.
“Por falta de manutenção, o relvado, há muito que está em mau estado tornando-se num perigo para a integridade física dos atletas”, rematou.
