Lisboa, 18 Mar (Inforpress) – O embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, afirmou nesta quinta-feira, que a cooperação entre os dois países é antiga e tem vindo a crescer significativamente, em, praticamente, todas as áreas de governação.
Em entrevista à Inforpress em Lisboa, o embaixador lembrou a assinatura, na última semana, em Cabo Verde, do novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2022-2026, um pacote de quase 100 milhões de euros e que abrange várias áreas, nomeadamente, a educação, saúde, justiça, cultura, ambiente, técnico policial, juventude, desporto e apoio directo ao Orçamento Geral do Estado.
Eurico Monteiro sublinhou que o PEC “expressa muito bem a extensão e a qualidade de cooperação existente entre os dois países”, já que inclui “áreas vastas que abrangem praticamente quase todas as áreas da governação que tem impacto muito positivo na própria actividade económica, cultural e social de Cabo Verde”.
“Esta dinâmica de cooperação com Portugal já é antiga, mas vem crescendo significativamente ao longo dos anos e pode-se dizer que se trata de uma relação absolutamente estrutural e transversal a todos os governos de Portugal e de Cabo Verde, o que é muito bom para o nosso País”, considerou o embaixador.
O novo PEC foi assinado durante a VI Cimeira Cabo Verde – Portugal, realizada no dia 07 de Março, na Cidade da Praia, que contou com a presença dos respectivos primeiros-ministros, Ulisses Correia e Silva e António Costa.
A VII Cimeira Cabo Verde – Portugal foi anunciado para 2024, em Portugal, tendo o primeiro-ministro português, António Costa, sublinhado a “relação muito profunda” entre Portugal e Cabo Verde, destacando o trabalho conjunto que os dois países têm realizado.
Segundo Eurico Monteiro, no âmbito desta cooperação, existe uma “dinâmica muito própria” de contacto e de ligações entre os diversos sectores cabo-verdianos e sectores portugueses, o que “facilita muito” o trabalho da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa.
Por outro lado, Eurico Monteiro explicou que a embaixada que lidera tem também um “serviço de apoio logístico e protocolar muito intenso”, porque, funciona também com uma “espécie de placa giratória” para os diversos países da Europa e América, até mesmo para o continente africano, já que por falta de conexões sistemáticas, às vezes tem que se vir à Europa para se viajar para o continente africano.
