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Acidente aéreo em Santo Antão que ceifou a vida a 18 pessoas completa hoje 21 anos


  7 Août      114        Divers (1660),

 

Cidade da Praia, 07 Ago (Inforpress) – Há 21 anos, o país ficava em estado de choque, com um acidente aéreo, em Santo Antão, envolvendo um avião Dornier, das Forças Armadas, ao serviço da TACV, ceifando a vida a 18 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
Este desastre aéreo ocorreu na localidade de Cinta de José d’Aninha, em Rabo Curto (Planalto Leste).
O então autarca da Ribeira Grande, Jorge Santos, havia falado na possibilidade de se erguer no local do acidente um memorial em homenagem às vítimas, utilizando alguns destroços do aparelho acidentado que ainda podem encontrar-se no local.
Entretanto, Orlando Delgado, actual presidente da câmara da Ribeira Grande, contactado, via telefone, pela Inforpress, a partir da Praia, sobre a possibilidade da construção do referido memorial, disse que pode retomar este assunto, mas depois das eleições autárquicas de 25 de Outubro próximo para, segundo ele, não ser interpretado como estando a querer fazer campanha eleitoral.
“No momento em que se aproxima da época da campanha [eleitoral] é complicado vir a posicionar-se sobre isto [memorial às vítimas do acidente aéreo]”, indicou Orlando Delgado, acrescentando que o referido desastre de aviação, a primeira na história de Santo Antão, provocou “muito sofrimento” aos familiares das vítimas.
Na ocasião, o Governo decretara três dias de luto nacional, com a bandeira a meia haste em todo o país e suspensão de todas as actividades e cerimónias festivas oficiais.
O executivo do Palácio da Várzea, escrevera o jornalista Américo Antunes para o jornal Horizonte, despachou para a ilha de Santo Antão uma delegação “para assegurar a coordenação das acções necessárias”.
Logo nas primeiras horas do acontecimento, numa altura em que as notícias ainda caíam a conta-gotas, tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro, respectivamente Mascarenhas Monteiro e Carlos Veiga, manifestaram-se solidários com “as famílias enlutadas, incluindo as de cidadãos estrangeiros que se encontravam entre os passageiros, exprimindo as suas mais sentidas condolências”.
“Ribeira Grande e Santo Antão inteiro mobilizaram-se numa corrente de unidade, solidariedade e “djunta mó” tendentes a salvar o que era ainda possível salvar-se. Das outras parcelas do torrão pátrio – também da diáspora e dos países amigos – ecoaram vozes e sentimentos de consternação e de impotente revolta por não se poder suster o trágico acontecimento”, relatou, na altura, o extinto jornal Horizonte.
“Uma desgraça! Que tragédia!” Estas foram as formas como, de acordo com o “Horizonte”, a quase totalidade da população da Ribeira Grande definiu o brutal acidente aéreo ocorrido em Santo Antão. A maioria das vítimas era natural da Ribeira Grande.
A notícia propagou-se como um rastilho de pólvora e as pessoas que esperavam os familiares no voo desse dia eram a viva imagem da apreensão, na esperança (essa que é a última a morrer), de ouvirem dizer que, à última hora, algo aconteceu e que o seu familiar tinha perdido o avião, como mal menor.
A fatídica verdade é que a tragédia atingiu dolorosamente várias famílias da Ribeira Grande – e não só -, no princípio da tarde daquele sábado, 7.
Algumas famílias viram-se drasticamente reduzidas, sobretudo, a da deputada Adlisa Delgado que, de uma assentada, perdeu cinco membros, outras perderam dois, outras um, mas a dor, embora repartida por toda a população, foi grande para todos.
A esperança de haver sobreviventes pôs de sobreaviso todo o pessoal do Hospital Regional da Ribeira Grande, mas cedo começaram a chegar testemunhas que punham de parte essa possibilidade, tendo em conta a violência da colisão.
Além desta, a catástrofe mais mortal registada em Santo Antão data de 1961, aquando do desabamento de terras motivado por chuvas torrenciais que matou, na Vila da Ribeira Grande, onze pessoas.
O Papa João Paulo II associou-se também à dor que abalou Cabo Verde. Em mensagem dirigida a Dom Paulino Livramento Évora, Bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde, por altura da dor e de luto que se abateram sobre o seu rebanho, escreveu: “confia a Deus Pai de Misericórdia as numerosas vítimas pedindo para elas o eterno descanso”.
O sucessor de São Pedro rogou, ainda, a Dom Paulino Évora que transmita suas condolências às famílias enlutadas “sobre quem implora abundantes dons divinos de serenidade espiritual e esperança cristã”, em penhor dos quais lhes envia confortadora bênção apostólica.

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