Bissau, 27 Nov 20 (ANG) – A representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados(ACNUR), Monique Ekoko, disse hoje que a sua organização vai realizar um censo alargado a nível nacional para concluir o processo da naturalização dos refugiados na Guiné-Bissau.
A intenção foi revelada à imprensa pela Monique Ekoko à saída de uma audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Segundo este responsável, o último recenseamento dos refugiados na Guiné-Bissau foi feito na região de Cacheu, e inscreveu sete mil refugiados, mas as autoridades estimaram que existem muito mais refugiados por registar em todo território nacional.
Segundo Ekoko com o novo Censo pretende-se abranger todas as regiões do país para concluir o processo de naturalização dos refugiados e dos cidadãos apátridas.
De acordo com os dados da ACNUR, Senegal é o país que mais tem refugiados na Guiné-Bissau devido ao conflito de Casamança, seguida de Serra Leoa e Burundi , com números considerados significativos.
A representante da ACNUR disse estar satisfeita com o encontro com Presidente da República, e revelou que o Umaro Sissoco Embaló comprometeu-se em apoiar os trabalhos de recenseamento dos refugiados ao nível nacional.
Monique Ekok é a representante do Alto Comissariado para Refugiados em 5 países africanos, nomeadamente: Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Cabo-Verde, Gâmbia, Togo e Benin.