Nova Sintra, 29 Jan (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, disse terça-feira que o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, trouxe um “reforço” da certeza do projecto de dessalinização da água para a ilha.
Francisco Tavares falava à imprensa, no final das visitas e encontros que realizou com o governante, que levou na comitiva o responsável do programa POSER que explanou também os recursos disponíveis para a ilha, caso consiga apresentar projectos dentro dos objectivos traçados para o POSER.
Além da apresentação de projectos, o autarca anunciou que há programas com financiamentos garantidos, mas que numa primeira edição do concurso não houve candidaturas.
A autarquia ficou de “convencer” os empreiteiros locais a concorrerem e realizarem esta obra de mobilização da água para a agricultura que, de acordo com o edil, trará “inúmeros benefícios” para zonas de Palhal e Lomba Tantum.
Adiantou que a câmara municipal já tinha feito um investimento no quadro do programa Plataforma 20/30, mas sublinhou que com os recursos disponibilizados pelo programa não foi possível concluir o edifício.
Francisco Tavares afirmou que encontrou, entretanto, junto do POSER um mecanismo de financiamento, no âmbito dos objectivos do projecto para a área da promoção do pescado, com garantia de que chegará ao fim.
No quadro das obras e projectos realizados, informou que apresentaram ao ministro os investimentos financiados pelo Fundo do Ambiente, nomeadamente as obras em curso para o mercado de peixe, a chegada do camião de recolha de lixo, financiado pelo mesmo fundo.
Citou ainda um outro programa, já finalizado, também financiado pelo Fundo do Ambiente, que tinha a ver com a construção acessos às piscinas naturais em Fajã D´Água e às praias de Cadjetinha
Após a construção do mercado, adiantou que serão construídas as pocilgas e que ainda há recursos disponíveis para implementar mais este projecto dentro do pacote global, aprovado em 2017 e que vai até 2021.
O edil considerou que o ministro demonstrou “satisfação pelas boas, novas e pelas realizações” já feitas e pelos compromissos assumidos.
Acentuou que a sua equipa terá de “reforçar” este diálogo com as estruturas do ministério para poderem realizar todas as obras e projectos previstos e conseguir dispor dos recursos financeiros já disponíveis, tanto no Fundo do Ambiente, como no MAA ou directamente do programa POSER.
Enfatizou que “a ilha ganha, está ganhando e sairá a ganhar se acelerar todo o processo”.
Sobre a dessalinizadora da Furna, Francisco Tavares explicou que é um programa à parte, que envolve os governos francês cabo-verdiano e algumas outras empresas e que já está em curso.
Adiantou que a parte “mais difícil” da construção, que era a terraplanagem e as bases já estão no final e que serão necessários mais dois meses para montagem de toda a estrutura do edifício e depois mais um mês para a instalação das máquinas e os primeiros testes.