Bissau,28 Mar 24(ANG) – O Governo e os parceiros iniciaram quarta-feira o levantamento dos recursos e infraestruturas escolares por todo o país para identificar necessidades e planear medidas.
O processo envolve o Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior, o Banco Mundial e a organização das Nações Unidas para a infância (UNICEF), e visa fazer « um levantamento exaustivo das infraestruturas escolares e dos dados relativos aos professores e alunos em todas as escolas pré-primárias, primárias e secundárias ».
« Especificamente, permitirá ao Ministério da Educação, em parceria com o Banco Mundial, realizar uma análise abrangente do mapeamento escolar em 2024 para identificar as necessidades futuras em matéria de educação a nível local e planear as medidas a tomar para as satisfazer », referem as partes envolvidas, em comunicado.
Esta avaliação « faz parte de um acordo trilateral através do qual a UNICEF vai realizar o mapeamento escolar em colaboração com o Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, com financiamento disponibilizado pelo Banco Mundial e a Parceria Mundial para a Educação », especificam.
O levantamento decorrerá em todos os 39 setores educativos da Guiné-Bissau e os promotores acreditam que « vai reforçar consideravelmente a qualidade dos dados educativos e do Sistema Nacional de Informação de Gestão da Educação ».
A recolha de dados fornecerá « um instantâneo completo do estado das infraestruturas, das matrículas e da afetação dos professores, que pode ser cruzado com outras bases de dados para aumentar a precisão », e também reforçará « os conhecimentos e as práticas de recolha de dados à escala nacional ».
Especificamente, permitirá ao Ministério da Educação, em parceria com o Banco Mundial, realizar uma análise abrangente do mapeamento escolar em 2024 para identificar as necessidades futuras em matéria de educação a nível local e planear as medidas a tomar para as satisfazer.
« O mapeamento escolar é uma ferramenta que irá permitir ao Governo e a todos os intervenientes do setor terem uma imagem fotográfica do sistema no seu todo, pois fornecerá a possibilidade de localizar todas as escolas », segundo o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Herry Mané.
Para a representante residente do Banco Mundial na Guiné-Bissau, Anne-Lucie Lefebvre, « o mapeamento escolar é uma atividade de grande importância, pois servirá como base para a planificação e tomada de decisões em relação à disponibilização dos serviços educativos em todo o país ».
Nessa medida, entende que este processo « será um passo fundamental para o sistema educativo da Guiné-Bissau, e, consequentemente, para o desenvolvimento de todo o país ».
A educação é apontada pelo Banco Mundial como » uma das áreas prioritárias », salientando que só será possível atingir os objetivos de eliminar a pobreza e promover a prosperidade partilhada com um sistema educativo forte e que responda às necessidades do país.
A representante da UNICEF na Guiné-Bissau, Etona Ekole, cita « relatórios e estudos que demonstraram que metade das crianças de dez anos de idade, nos países de rendimento baixo e médio, eram incapazes de ler ou compreender uma história simples ».
Esta constatação levou as Nações Unidas, em 2022, a mobilizar os Estados-membros na reflexão e tomada de ação para uma transformação urgente da Educação, referiu.
De acordo com Etona Ekole, « no âmbito do processo de elaboração do seu Pacto de Parceria, a Guiné-Bissau é convidada a priorizar mudanças mais amplas que ajudem a transformar o seu sistema educativo e a melhorar a aprendizagem de uma forma sustentável ».
« Isto passa necessariamente pela análise de dados e evidências sobre o estado do setor », considerou.