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Festival Literatura Mundo/Sal: Professora Inocência Mata defende estudo das literaturas a partir de outros paradigmas (c/áudio)


  17 Juin      28        Culture (1497),

 

Santa Maria, 17 Jun (Inforpress) – A curadora científica do Festival Literatura Mundo Sal, professora Inocência Mata, defendeu esta quinta-feira, 16, na ilha do Sal, o estudo das literaturas a partir de outros paradigmas.
Inocência Mata voltou a apresentar o tema “Literatura-Mundo Comparada: para além do cânone – literatura-Mundo como categoria desperiferizante”, reiterando que o cânone tem de ser um conceito aberto à diversidade, a outras sensibilidades.
“A ideia é precisamente, não obstante as críticas a esta categoria, uma categoria de análise, importante para os estudos literários, começarmos a perspectivar o estudo das literaturas a partir de outros paradigmas”, sublinhou.
Na sua reflexão, a conferencista explicou que se está a falar de um instrumento que, de certa forma, questiona uma visão muito “rígida para não dizer eurocêntrica de cânone”.
“Visa pôr em diálogo, escritores e obras, muito diferentes, mesmo sendo do mesmo sistema, diferentes em termos de tempo, género, geografias culturais, matrizes (…). Esta categoria, na verdade, é um modo de ler a literatura, a partir de uma perspectiva muito fechada, eurocêntrica, e podemos ler também, a partir de uma perspectiva que amplifica, inclui e que cria redes, pontes entre os vários sistemas e culturas”, comentou.
Ao fazer esta leitura durante o Festival da Literatura Mundo, que decorre no Sal até domingo, 19, e tratando-se de uma matéria complexa, Inocência Mata renovou que a Literatura Mundo é um instrumento de análise que coloca todas as culturas, obras e sistemas em diálogo.
“De certa forma, a Literatura Mundo horizontaliza essa possibilidade de diálogo, em vez de verticalizar. Põe ao mesmo nível todas as obras, todos os escritores, todos os sistemas e literaturas”, frisou, considerando a importância da realização deste evento que “possibilita” o diálogo de culturas literárias completamente diferentes,
“Por exemplo, este ano é o João Vário, um escritor canónico cabo-verdiano, que tem uma escrita completamente diferente de Amadou Hampâté Bá. Será? É isto que vamos ver”, questionou.
João Vário (Cabo Verde) e Amadou Hampâté Bá (Mali), são os dois escritores homenageados desta 4ª edição do Festival Literatura Mundo-Sal que decorre num dos hotéis da cidade turística de Santa Maria.
À semelhança dos anos anteriores, escritores, editores, tradutores, professores, investigadores e leitores interessados, de várias paragens do mundo, participam de diferentes painéis de apresentação e mesas de trabalho sobre os fazeres literários definidos como Literatura-Mundo, para além de diálogos entre os participantes.
Além de escritores e professores cabo-verdianos, autores, estudiosos e investigadores da Alemanha, Brasil, Itália, Portugal e Senegal, figuram entre os convidados para o encontro e o convívio científico-literário desta edição.
O Festival Literatura Mundo-Sal esteve suspenso durante dois anos devido à pandemia da covid-19.

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